57% das denúncias contra obstetras e ginecologistas têm relação com erros durante parto, aponta Cremeb

saúde

Mais da metade das denúncias contra obstetras e ginecologistas na Bahia estão relacionadas a erros durante o parto em 2024. Segundo o Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb), em 2024, das 37 sindicâncias envolvendo essas especialidades, 21, cerca de 57%, são por supostos problemas no momento do nascimento. Na sexta-feira (29), mais um caso foi adicionado aos dados da entidade, após Kevelli Barbosa, de 22 anos, morrer junto com sua filha Laura Valentina na Maternidade Albert Sabin.

O procedimento da jovem, por orientação médica, estava programado para ser uma cesariana, mas a família foi avisada no local que o parto seria normal. Segundo familiares, a gravidez era de risco devido a pressão alta da mãe e o tamanho da bebê.

Kevelli foi informada que o parto normal seria induzido com medicação para dilatação vaginal a cada quatro horas. Foram sete doses em 24 horas. A recomendação médica é que sejam entre quatro e seis doses. Durante a madrugada, ela morreu após uma parada cardíaca, enquanto a filha morreu enforcada pelo cordão umbilical.

Os atestados de óbito, que vão determinar as causas das mortes, ainda não ficaram prontos. No dia 31 de outubro, um outro bebê morreu na maternidade após ser lesionado no pescoço. Segundo Liliane Ribeiro, mãe do bebê, o ferimento teria sido causado pela unha da médica. O Ministério Público da Bahia (MP-BA) investiga o caso.

Fonte: Correio / Foto: Reprodução/ EBC

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