Promovido pelo Arquivo nacional, o festival, que acontece de 8 a 18/11, destaca importância dos arquivos como fonte de memória e pesquisa do cinema brasileiro
Entre os dias 8 e 18 de novembro, o Arquivo Nacional realiza a 9ª edição do Festival Internacional de Cinema de Arquivo – Arquivo em Cartaz. Com o tema “Filmes de Arquivo: memórias de um Brasil plural”, o evento promete proporcionar uma experiência rica e diversificada, combinando exibições de filmes, mesas de debate, workshops e encontros com pesquisadores. Confira a programação aqui.
O festival, que acontece tanto presencialmente no Rio de Janeiro e em Brasília quanto online, tem um propósito claro: destacar o valor dos arquivos de filmes como fonte de memória e pesquisa para o cinema brasileiro. Esses registros muitas vezes nos mostram um lado mais luminoso da vida familiar e, portanto, são como álbuns de lembranças familiares, mas é importante ressaltar que essa perspectiva também é moldada pelos interesses dos grupos que os representam.
O Arquivo Nacional do Brasil, com um dos maiores acervos do país, desempenha um papel fundamental na preservação da história e da cultura nacional, com documentos públicos e privados que representam marcos significativos, como os originais da Lei Áurea e imagens da construção de Brasília. Além disso, o acervo inclui 40 mil latas de filmes cinematográficos e 4 mil fitas videomagnéticas, que são usadas para pesquisas e produções de filmes e documentários.
Programação no Rio de Janeiro e Brasília
No Rio de Janeiro, os filmes serão exibidos nos jardins do prédio histórico do Arquivo Nacional, na Praça da República. A abertura do festival ocorrerá em 8 de novembro, às 9 horas, seguida por mesas de debate sobre a “Política de digitalização: o que, por que e como digitalizar”. O destaque da mostra será a exibição do documentário “Retratos Fantasmas” de Kleber Mendonça Filho, escolhido para representar o Brasil no Oscar 2024. O filme, que será apresentado no dia 10/11, às 18h30, conta a história de Recife a partir das salas de cinema e locais de exibição que marcaram época junto à população.
Outro destaque é “Black Rio! Black Power!”, dirigido por Emílio Domingos, que aborda a influência do movimento Black Rio na cultura, na sociedade e na luta por justiça racial no Rio de Janeiro e no Brasil entre as décadas de 1970 e 1980 .
Já em Brasília, a programação presencial incluirá a exibição dos filmes “Não é a primeira vez que lutamos pelo nosso amor”, de Luiz Carlos de Alencar, no dia 9/11, às 14h, que mostra a luta da comunidade LGBTQIA+ por seus direitos; “Rio, Negro”, de Fernando Sousa e Gabriel Barbosa, no dia 10/11, às 10h; e “O caso do homem errado”, de Camila de Moraes, também no dia 10, às 14h. As exibições acontecem na Superintendência do Arquivo Nacional no DF e na sede do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.
E para quem não puder participar presencialmente, os filmes estarão disponíveis na plataforma de streaming e também na programação da TV UnB, Canal Educativo e Canal Gov, de 10 a 18 de novembro, sempre às 23 horas. Para saber mais sobre o streaming, clique aqui.
Debates e encontro com pesquisadores
Além das exibições de filmes e oficinas, o festival também promove as mesas de debate, que reunirão profissionais do audiovisual, acadêmicos, pesquisadores, historiadores, arquivistas e estudantes para discutir questões pertinentes aos acervos arquivísticos e à produção e preservação audiovisual, sempre alinhados com o tema do festival.
O festival também promoverá o Encontro de Pesquisadores, no dia 10/11, às 14 horas, no formato on-line. O encontro, que acontece desde 2017, trata-se de um espaço já consagrado na programação do evento dedicado ao debate dos profissionais. Esses encontros resultaram da criação da PAVIC – Pesquisadores de Audiovisual, Iconografia e Conteúdo, uma associação brasileira sem fins lucrativos, que busca dar maior visibilidade e reconhecimento ao trabalho de pesquisa realizado por profissionais que atuam nos setores culturais, artísticos, educacionais e de entretenimento.
E para ampliar as ações educativas do festival, acontece também a Oficina Lanterninha Mágica. Em sua 2º edição, o espaço promove a reflexão sobre o uso consciente dos equipamentos para gravação de vídeos e as possibilidades da criação de roteiros. A oficina foi realizada com alunos dos colégios estaduais Souza Aguiar e Júlia Kubitschek, do Rio. Juntos, eles produziram três filmes de curta-metragem que serão exibidos na Mostra Lanterninha Mágica, no dia 8/11, às 14 horas.
Serviço | 9ª Festival Internacional de Cinema de Arquivo
Data: 8 a 18/11
Locais: Sede do Arquivo Nacional no Rio de Janeiro: Praça da República, 173; Arquivo Nacional-DF: Setor de Indústrias Gráficas – SIG Quadra 06 Lote 800; Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos: Esplanada dos Ministérios, Bloco K, Brasília/DF
Para mais informações, acesse: https://www.gov.br/arquivonacional/pt-br/sites_eventos/arquivo-em-cartaz
com informações do Governo Federal / Foto: Vitrine Filmes/Divulgação