Prefeitura de Belo Horizonte recusou as urnas eletrônicas fornecidas pelo TRE
A Defensoria Pública de Minas Gerais anunciou na quarta-feira (4) que deve entrar com uma ação judicial em busca da anulação da eleição dos conselheiros tutelares realizada no último domingo (1º) em Belo Horizonte.
A decisão foi tomada após a prefeitura rejeitar a recomendação feita pelos defensores de anular as eleições ainda no domingo, mas a administração da cidade optou por manter o resultado do pleito. A lista dos conselheiros tutelares eleitos na capital mineira foi divulgada pela prefeitura de Belo Horizonte na quarta-feira no Diário Oficial do Município (DOM).
Segundo a Defensoria Pública, a votação de domingo foi marcada por problemas no sistema da Prodabel, utilizado pela prefeitura para registrar os votos na cidade, o que resultou em atrasos na votação. Alguns eleitores enfrentaram filas de mais de três horas e outros não conseguiram votar.
Diante disso, a Defensoria emitiu um comunicado solicitando a anulação da eleição e enumerou uma série de irregularidades que justificam o pedido. Entre elas, o fato da prefeitura ter recusado a utilização das urnas eletrônicas fornecidas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para todos os municípios mineiros. No entanto, a prefeitura de Belo Horizonte recusou a recomendação e prosseguiu com a votação.
Em resposta à decisão da prefeitura de Belo Horizonte de não anular as eleições, a Defensoria Pública montou uma força-tarefa para coletar depoimentos de cidadãos que não conseguiram votar ou que testemunharam outras irregularidades durante o processo eleitoral.
De acordo com um balanço do TRE na segunda-feira (2): “Belo Horizonte foi uma das cidades que integram o Estado, que não solicitou o apoio da Justiça Eleitoral. Na capital, a votação ocorreu utilizando-se de sistema informatizado próprio.”
A CNN entrou em contato com a prefeitura, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.
Fonte: CNN