Domingo, 12 de novembro de 2023
Neste domingo (12), o Grêmio foi derrotado por 1 a 0 pelo Corinthians, na Arena, pela 34ª rodada do Brasileirão, e se distanciou da liderança da tabela. Após o revés, o técnico Renato Gaúcho concedeu coletiva e respondeu sobre uma das polêmicas da partida.
No lance anterior à expulsão do zagueiro Bruno Méndez, ainda com 10 minutos do primeiro tempo, o Corinthians reclamou de um possível pênalti em cima de Matheus Bidu, derrubado dentro da área. E, durante a entrevista, o comandante gremista revelou não ter visto o lance.
Renato também voltou a reclamar do pênalti não marcado no jogo do primeiro turno, na Neo Química Arena, após toque de mão de Yuri Alberto dentro da área, aos 47 do segundo tempo. A partida terminou empatada por 4 a 4.
O técnico da equipe gaúcha ainda citou um outro lance, em cima de André Henrique, que revelou ter pedido para rever a jogada.
“Não adianta ficar lamentando e reclamando. Tirando a expulsão do Bruno, tivemos 90% com um jogador a mais. Não conseguimos empatar, nem virar. Não vamos dar desculpa em relação a isso. A expulsão do Bruno ele não pega o jogador, até aí tudo bem, agora o agarrão no André na hora que ele vai cabecear a bola… Para quê o VAR, né? Lá em São Paulo tivemos aquele pênalti legítimo, não demos. Não tivemos capacidade para empatar o jogo, é fato, mas para que o VAR está aí? Na maioria dos jogos ele vem passear. Não tem capacidade ou é mal-intencionado. Assistam ao lance, coloquem na televisão e analisem. Mas não é desculpa, vida que segue”, começou por dizer.
“Esse lance (possível pênalti para o Corinthians) eu não vi. Aliás, vi, os jogadores do Corinthians vieram falar comigo. Na visão que eu estava, era impossível de se ver. Vi o do André porque pedi para ver o lance no vestiário. Não pedi para ver esse aí”, prosseguiu.
“Tem que perguntar para a VAR, para o diretor de arbitragem. Eu sou treinador do Grêmio, não posso me meter na arbitragem. O árbitro que vier tem sempre o nosso respeito e tem que apitar o jogo, juntamente com o pessoal do VAR. Eu tenho que jogar o jogo, com árbitro que sofre pressão ou que não sofre. Fica difícil na minha condição falar de arbitragem. Desde que o VAR apareceu que eu reclamo: quem apita o jogo é o VAR. Ele tem o controle do jogo nas mãos, se é ruim ou mal-intencionado. Se o árbitro é o dono do jogo, ele tem que ir lá no VAR, não esperar o cara falar se é pênalti ou não, se é expulsão ou não é. Mas e que vou me meter? Daqui a pouco sou julgado e suspenso. Mas vamos que vamos, não vamos dar desculpa.”
Renato ainda criticou a confusão no intervalo, quando o gerente de futebol corintiano Alessandro Nunes correu até a sala do VAR, localizada no piso térreo da Arena do Grêmio, e tentou invadi-la. O técnico do Grêmio afirmou que Duilio Monteiro Alves, presidente do Corinthians, ainda teria chutado a porta do vestiário da arbitragem.
“Difícil falar. O presidente do Corinthians chutou a porta do árbitro na frente do vestiário do Grêmio. Mas o que eu vou fazer, sou treinador do Grêmio. O que eu acho engraçado é que ninguém chutou a porta do VAR lá em São Paulo quando não deram pênalti legítimo para a gente. Ninguém chutou a porta do árbitro né? Estavam satisfeitos. Mas aí é que eu falo: se o treinador chega aqui e fala tudo que tem vontade, fica difícil. Deu, né? Vamos deixar o resto para amanhã.”
Na Arena, o Corinthians, mesmo com um a menos desde os primeiros minutos de jogo, foi quem abriu o placar, com Ángel Romero. Apenas no final da segunda etapa que Bruno Alves foi expulso para o Grêmio.
Próximos jogos do Grêmio:
- Atlético-MG (F): 26/11, 16h (de Brasília) – Brasileirão
- Goiás (C): 30/11, 19h (de Brasília) – Brasileirão
- Vasco (C): 02/12, a definir – Brasileirão
Fonte: ESPN Brasil I Renato Gaúcho, técnico do Grêmio, durante partida contra o Corinthians, na Arena, pelo Brasileirão Lucas Uebel/Grêmio FBPA