Enviado do Papa pede ‘sensibilidade criativa’ pela paz

Mundo

VATICANO, 29 DEZ (ANSA) – O cardeal Matteo Zuppi, presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI) e enviado especial do papa Francisco em missões de paz no conflito entre Rússia e Ucrânia, comparou nesta sexta-feira (29) as guerras às pandemias.   

“É preciso fazer de tudo para chegar à paz, porque a guerra faz mal, mata, é uma pandemia. Essa sensibilidade precisa ser criativa, não basta vermos como as coisas vão, é preciso inventar de tudo. Acredito que essa fosse a preocupação do Papa”, disse o religioso, em entrevista a um canal de televisão.   

Sobre o papel de enviado para a paz, o também arcebispo de Bolonha comentou: “Acredito que o Papa não pensava em algo como ‘vamos ver se funciona’. Tinha em mente a expressão que usou na Hungria: uma paz criativa, ou seja, inventar o que for preciso para chegar à paz”.   

“Isso é encontrar todos os meios e envolver todos aqueles que podem ajudar para ir em direção à paz. Acredito que o papa Francisco tenha clareza sobre os próprios limites, os limites do papel de serviço da Igreja, mas também das próprias responsabilidades, que vive, também convocando um pouco a todos”, concluiu.   

Também nesta sexta-feira, o papa Francisco teve um breve encontro com o cardeal americano Raymond Leo Burke.   

A reunião ocorreu após a circulação de informações segundo as quais ele teria retirado do cardeal, líder da ala mais tradicionalista do Vaticano e entre os maiores críticos do pontificado de Jorge Bergoglio, benefícios como o salário e o apartamento próximo à Praça de São Pedro.  

Segundo fontes, na reunião, Francisco teria confirmado a decisão.   

Desde o fim de novembro, veículos de comunicação disseram que a informação também havia sido confirmada pelo Papa durante uma conversa com sua biógrafa.   

Ele teria mencionado que Burke estaria usando os bens que foram retirados “contra a Igreja”, mas negou os rumores de que teria definido o norte-americano como “inimigo”.   

Burke foi nomeado pelo antecessor de Francisco, o papa Bento XVI. (ANSA).   

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