O chefe do movimento libanês Hezbollah, apoiado pelo Irã, afirmou nesta sexta-feira (5) que uma resposta contra Israel pela morte do número dois do Hamas em um subúrbio do sul de Beirute será “inevitável”.
O ataque em Beirute “é grave e não ficará sem resposta”, alertou Hassan Nasrallah em um discurso televisionado, garantindo que seu movimento irá “responder” no “campo de batalha”.
“A resposta é inevitável”, reafirmou o chefe do Hezbollah, que troca ataques diários com Israel em sua fronteira.
Saleh al Aruri e outros seis membros do Hamas morreram na terça-feira (2) durante um ataque atribuído a Israel contra um escritório do movimento islamista palestino, aliado do Hezbollah.
O ataque na capital libanesa foi o primeiro desde o início da guerra entre Israel e Hamas em Gaza, em 7 de outubro.
Israel não reivindicou o bombardeio, mas foi acusado pelo Hamas, Hezbollah e pelo governo libanês. Um oficial de defesa dos Estados Unidos também afirmou que “foi um ataque israelense”.
“Não podemos nos calar perante uma violação dessa magnitude, porque significaria que todo o Líbano estaria exposto” no futuro, declarou Nasrallah.
“Nossos combatentes em todas as zonas fronteiriças […] responderão a essa perigosa violação”, acrescentou.
Desde o início dos confrontos entre Israel e Hezbollah, que afirma atuar em solidariedade ao Hamas em Gaza, o movimento islamista libanês xiita realizou 670 operações contra o Estado vizinho, assegurou Hassan Nasrallah.
Essa violência, sem precedentes desde a guerra que os colocou em lados opostos em 2006, deixou 175 mortos no Líbano, entre eles 129 combatentes do Hezbollah, mas também mais de 20 civis, segundo uma contagem da AFP.
No norte de Israel, nove soldados e cinco civis morreram, segundo as autoridades.
Nasrallah acusou Israel de minimizar o número de soldados mortos e feridos por sua formação, considerando que “faz parte da guerra psicológica”.
“Agora temos uma oportunidade histórica de liberar completamente cada centímetro quadrado de nossa terra libanesa”, acrescentou em referência aos territórios ainda ocupados por Israel após sua retirada do sul do Líbano em 2000.
O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, declarou nesta sexta-feira que Israel “prefere […] a via de uma solução diplomática através de um acordo, mas estamos perto do ponto em que a ampulheta se inverterá”.
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Fonte: Isto é