No livro ‘Viver é Melhor Que Sonhar – Os Últimos Caminhos de Belchior’, os jornalistas Chris Fuscaldo e Marcelo Bortoloti retomam os últimos anos de vida do cantor cearense Belchior. O relato percorre as cidades por onde passou o artista, morto em abril de 2017, com o objetivo de compreender como e por que Belchior se afastou de amigos, familiares e da carreira, além de revelar histórias desta fase de exílio e fuga. O livro entra em pré-venda este mês.
Fuscaldo conta que a ideia do livro surgiu quando Belchior estava vivo. Ela tinha lido uma matéria publicada por Bortoloti em 2013 na revista Época, em que o jornalista relatava como era a vida do artista, morando de favor na casa de fãs no Rio Grande do Sul e procurado pela polícia pelo não pagamento de pensão alimentícia.
Os autores fizeram um road book, viajando para os lugares onde Belchior esteve nos últimos anos de vida e entrevistando pessoas que abrigaram o cantor e Edna Assunção de Araujo, conhecida como Edna Prometheu.
De acordo com os autores, Belchior, em seus últimos dias, levou uma vida pregressa e a desconexão do artista com a família e a profissão foi gradual.
Belchior nunca disse para as pessoas com quem esteve se o afastamento da carreira seria definitivo. Para Fuscaldo, o que tinha a possibilidade de ser uma fase de recolhimento tornou-se permanente quando ele viu expostas sua intimidade e as dívidas que tinha.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo,