O Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) divulgou nesta segunda-feira (13) que os navios porta-contêineres da classe 366 metros poderão operar com carga total no Terminal de Contêineres do Porto de Salvador, o que representa um marco para a navegação brasileira.
De acordo com informações da Agência Gov, a modernização do Porto, viabilizará conexões diretas em navegações de longo curso para os mercados de países asiáticos.
A atracação de embarcações dessa classe é resultado do trabalho conjunto do Governo Federal, por meio do MPor, e da Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba), na implementação de infraestrutura e novas tecnologias para as operações dos portos sob sua administração.
A chegada dos navios maiores possibilitará um crescimento exponencial na movimentação de cargas no Porto de Salvador.
Silvio Costa Filho destaca que o aprofundamento do canal de rios é importante para viabilizar a navegação de embarcações maiores, o que ajuda no desenvolvimento econômico e turístico.
“Ao aumentar a profundidade dos canais, torna-se possível o tráfego de navios de maior porte, facilitando o transporte de mercadorias e impulsionando o comércio”.
O sistema
Essa operação pioneira tornou-se possível graças à utilização pela Codeba de um sistema de calado dinâmico – ferramenta que permite o cruzamento de dados sobre as características das embarcações, ventos, correntes, ondas e marés para otimização da utilização dos canais de acesso em situações de restrição de quilha – o sistema ReDRAFT.
Autorizado pela Autoridade Marítima, representada pela Capitania dos Portos da Bahia, e referendado pela Autoridade Portuária, o sistema terá sua operação, manutenção e atualização em caráter experimental pela Codeba por 180 dias.
“Aliado às excelentes condições de navegabilidade que temos na Baía de Todos os Santos, estamos dando um salto qualitativo em tecnologia, permitindo que esses grandes navios de carga aportem em Salvador, visando assim a criação e consolidação de uma rota transoceânica com destino à capital baiana”, declarou Antonio Gobbo, presidente da Codeba.
Fonte: Agência Brasil / Foto: Reprodução/ Agência GOV