Pix por aproximação, Pix Automático e medidas de segurança para evitar fraudes são as modalidades a serem implementadas
O Banco Central (BC) anunciou na quarta-feira (28) mudanças no serviço Pix, método de pagamento instantâneo da entidade, que ganhará novas funcionalidades como o Pix por aproximação, Pix Automático e medidas de segurança para evitar fraudes, que devem ser implantadas, segundo aponta matéria do Estadão, durante o ano de 2025.
Confira detalhes a seguir:
Mecanismos de segurança
Primeiras mudanças a entrarem em vigor, os novos mecanismos de segurança foram confirmadas por meio de mudanças no regulamento do Pix publicadas neste mês pelo Banco Central. A previsão é de implementação ainda este ano, em 1º de novembro.
Entre as principais mudanças está a redução dos valores de transferências por celulares ou computadores que não estão cadastrados no banco, restringido o valor maximo das transações para cerca de R$ 200 por transação, com um limite diario de não mais que R$ 1.000. Para liberar transações com valores maiores, o novo dispositivo deverá ser cadastrado pelo cliente no banco desejado. Para garantir a segurança da entrada e da saída de recursos nas contas por meio de transações Pix, o banco também determinou algumas medidas que deverão ser seguidas pelas instituições financeiras.
Em nota, o BC afirma que a medida visa minimizar a probabilidade de fraudadores usarem dispositivos diferentes daqueles utilizados pelo cliente para gerenciar chaves e iniciar transações Pix. “Isso dificultará a fraude em que o agente malicioso consegue, por meio de roubo ou de engenharia social, as credenciais, como login e senha, das pessoas”, diz o comunicado.
“Espera-se que os participantes tratem de forma diferenciada esses clientes (com marcações de fraudes), seja por meio do encerramento do relacionamento ou do uso do limite diferenciado de tempo para autorizar transações iniciadas por eles e do bloqueio cautelar para as transações recebidas”, destacou o Banco Central.
Pix por aproximação
Prevista para ser implementada em fevereiro de 2025, o Pix por aproximação terá seus primeiros testes de funcionalidade realizados já em novembro deste ano, confirmou o Banco Central. Com a modalidade, o cliente não precisará mais entrar no aplicativo do banco para realizar os pagamentos, pois a nova a funcionalidade operará aos moldes das wallets, as carteiras digitais já usadas para operações de débito e crédito.
Os bancos, principais modais de utilização do Pix, já se preparam para a oferta da nova modalidade diante também das novas regras do Banco Central, que permitem a chamada jornada sem redirecionamento. Atualmente, para realizar o pagamento com Pix de alguma compra online, o cliente precisa deixar o ambiente virtual em que está, entrar no aplicativo de seu banco e fazer o Pix, seja pelo sistema copia e cola, digitando a chave fornecida ou escaneando o QRCode.
Após a implementação, o pagamento poderá ser efetuado na própria plataforma onde a compra está sendo feita, de modo semelhante a função que permite cadastros de cartão de crédito em sites de compras online. O que torna a funcionalidade possível é o chamado Open Finance, infraestrutura que permite o compartilhamento voluntário das informações de cada cliente bancário entre as instituições financeiras.
Pix automático
Previsto para disponibilização em 16 de junho de 2025, o Pix automático servirá para casos de cobranças recorrentes, podendo ser utilizado por uma grande variedade de empresas, de diversos tamanhos e setores de atuação. Entre elas estão concessionárias de serviço público, escolas, faculdades, academias, condomínios, clubes sociais, planos de saúde, serviços de streaming, portais de notícias, clubes por assinatura e empresas do setor financeiro.
“Mediante autorização prévia, dada no ambiente seguro da conta pelo próprio dispositivo de acesso (celular ou computador), o usuário permitirá os débitos periódicos de forma automática, sem a necessidade de autenticação a cada transação. Já para o usuário recebedor, o Pix Automático tem o potencial de aumentar a eficiência, diminuir os custos dos procedimentos de cobrança e reduzir a inadimplência”, diz o BC.
O BC espera que a modalidade reduza custos em vista da operação independente de convênios bilaterais, como ocorre atualmente no débito em conta, e utiliza a infraestrutura já criada para o funcionamento do Pix.
Fonte: Bahia.ba / Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil