Por Rodrigo Santana ( Portal Ipirá City) – Sexta, 22 de janeiro de 2021
Na obra: “A Criação Imperfeita- O Cosmos, a Vida e o Código Oculto da Natureza” o físico Marcelo Gleiser diz que nós:
“Somos frutos das imperfeições, ou assimetrias, das leis da natureza. A nossa existência é consequência de sutis imperfeições, assimetrias aleatórias ocorridas na evolução do Universo. Somos frutos de um acidente raro, precioso e frágil.”
Sabe-se que a literatura de Marcelo Gleiser é “antimonoteísta”, todavia é possível fazer um estudo comparativo com o conhecimento da Revelação Cósmica, pois ela nos apresenta por meio da obra: “O Drama Cósmico de Javé” uma concepção da criação do universo que explica o porquê das tais “imperfeições ou assimetrias” detectadas pelos cientistas modernos quando esta aponta que ao Javé criar o universo houve:
“defeito de fabricação do modelo quanto à formatação final e a outros aspectos de incompletude e de destinação”.
Além disso, quando o Marcelo Gleiser diz que “Somos frutos de um acidente raro” é importante ressaltar que o Médium Jan Val Ellam na obra: “O Drama Cósmico de Javé” também aponta para um possível acidente na criação de Javé:
Não suportando por mais tempo manter-se no pretenso comando do processo de criação, na condição em que se encontrava, a divindade capitulou, colapsando a si mesma, à medida que via serem implodidos alguns de seus potenciais divinos, por força do inusitado acidente de percurso, sendo “tragada” por um dos níveis de realidade da sua criação. Num último micro-instante em que ainda lhe sobrou alguma lucidez no campo decisório, optou por se deixar mergulhar num padrão de rea lidade paralela ao contexto do espaço-tempo que já então caracterizava o nosso universo.
Os tempos são chegados em que o “Flautista Invisível” começa a ser percebido. Não que eu queira usar o conceito de “Deus das Lacunas” ou reforçar a perspectiva monoteísta ,que eu também a questiono, para dar sentido a essa correlação feita, mas é como disse Albert Einstein:
“A natureza nos mostra apenas a cauda do leão. Não duvido que o leão seja o dono dela (da cauda), mesmo que ele não possa se revelar imediatamente por causa do seu tamanho descomunal. “Seres humanos, vegetais ou poeira cósmica– todos nós dançamos ouvindo o ritmo misterioso da distante melodia de um flautista invisível”.
Rodrigo Santana Costa é professor e Escritor. Publicou a obra: “Clarecer”.