Estudantes baianos criam clube de ciências e levam modelo para outras escolas públicas de Camaçari

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Um grupo de sete estudantes do Instituto Federal da Bahia (Ifba) em Camaçari foram responsáveis por criar, em 2022, o primeiro Clube de Ciências Exatas e da Natureza na instituição. Segundo o jovem Lucas Barreto, presidente do clube, a ideia era formar um espaço no qual a biologia, física, química, matemática e astronomia pudessem ser exploradas de maneira autônoma.

“Inicialmente éramos só sete estudantes que tínhamos esse interesse pela ciência, pelo estudo da física, da natureza, da vida. Cada eixo tem um líder, que se chama coordenador de setores. Então, o coordenador é responsável por fazer eventos, estimular o pessoal do setor a fazer pesquisa e atividades externas. Assim, nós conseguimos ter ótimos resultados”, explica. 

Atualmente, o Clube de Ciências, que conta com 50 integrantes, já foi premiado e acumula conquistas importantes, dentre eles o Prêmio LED, da Fundação Roberto Marinho e Globo, que reconhece inovações na educação. Além disso, logo no primeiro ano de criação, a iniciativa impulsionou um aumento de 700% nas inscrições para a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica em Camaçari.

A ação promove atividades focadas no ensino e no aprendizado prático, entre elas o curso preparatório desenvolvido pelos próprios alunos, que é aberto para o público externo. A meta dos estudantes agora é expandir os trabalhos: o Clube de Ciências está desenvolvendo um curso preparatório focado na criação de clubes em outras escolas. 

A ideia é ensinar aos estudantes interessados como organizar e gerir um clube de ciências, abordando temas como metodologia, liderança e divulgação científica. O objetivo é capacitar esses alunos para que, mesmo sem a presença constante do clube original, consigam realizar as mesmas atividades, replicando o projeto em suas próprias instituições.

Jady Santos, secretária-geral do clube, explica que o projeto deve visitar escolas da região para falar sobre a iniciativa. “Nosso plano é visitar escolas, mesmo que não seja por perto. Nós podemos fazer eventos científicos e mostrar como é possível desenvolver o conhecimento. Queremos levar esse evento para as escolas da Bahia e falar sobre a possibilidade de criar um clube também naquela instituição. No final, os alunos interessados conversam conosco e nós disponibilizamos o curso que ensina a criar o projeto”. 

Para os jovens cientistas é importante desmistificar a ideia de que para fazer parte de um clube de ciências é necessário dominar as exatas. Segundo Lucas, a iniciativa tenta quebrar esse pensamento. “Às vezes, a pessoa fala: ‘Poxa, eu tenho tanta dificuldade em matemática, por que eu entraria em um clube de exatas?’ Então chega aqui e se surpreende. Buscamos levar essa mágica para dentro dos alunos. Para que eles entendam um pouco que não é só cálculo, não é uma matéria chata. Desmistificamos um pouco sobre as ciências exatas e da natureza”, ressalta.

O clube do IFBA também está disponível no Instagram @ccen_ifba, onde os interessados podem tirar dúvidas.

Fonte: BN/ Foto: Divulgação


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