Bioma da caatinga é destaque no terceiro dia da 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, em Quixabeira

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O município de Quixabeira, localizado no Território de Identidade da Bacia do Jacuípe (NTE 15), está sediando, na terça-feira (15), uma série de atividades que integram a 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT). A programação local, que acontece na Escola Familiar Agrícola de Jabuticaba, marca o terceiro dia do evento, que ocorre em todo o Estado, até esta sexta-feira (18), sob o tema “Biomas da Bahia: diversidade, saberes e tecnologias sociais”, alinhado à proposta nacional.

Bioma exclusivamente brasileiro, a Caatinga é o foco central do evento em Quixabeira. As atividades visam destacar a biodiversidade da região e promover discussões sobre tecnologias sociais que possam contribuir para o desenvolvimento sustentável local. Para Poliana Reis, diretora de Educação dos Povos e Comunidades Tradicionais da Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC), este enfoque é essencial. “Esta é uma semana de extrema importância para a ciência e a tecnologia, bem como para a população como um todo, mas que traz um sentido especial para povos e comunidades tradicionais. Como o tema já diz, a ação visa valorizar os biomas da Bahia. Então, aqui nós estamos nesse processo de valorização da Caatinga e foi escolhida a Escola Família Agrícola de Jabuticaba por ser referência no trabalho de preservação desse bioma. Estamos muito felizes por estarmos aqui, presenciando este momento que é tão relevante”.

O evento em Quixabeira faz parte de um esforço mais amplo em toda a Bahia, com mais de 80 atividades planejadas em unidades escolares em várias regiões do Estado, desde o Quilombo de Kaonge, em Cachoeira, até as aldeias indígenas em Prado. As atividades, que envolvem escolas públicas e universidades estaduais, buscam levar conhecimento e inovação para diversas comunidades, reforçando a importância da ciência e da tecnologia como ferramentas para o desenvolvimento regional.

Com uma programação diversificada, o evento inclui palestras, passeios guiados pela escola e exposições, reunindo estudantes, professores e convidados e criando um espaço de diálogo. Marcius Gomes, chefe de gabinete da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI), também ressaltou a relevância do encontro”. Esta parceria, que envolve a SEC e a SECTI, conforme recomendação do nosso governador, fortalece a Educação Científica na Bahia. A escolha da Escola Família Agrícola de Jabuticaba é significativa no sentido de podemos reconhecer e incentivar a produção do conhecimento e o que os meninos e meninas do campo têm produzido a respeito de demandas que estão no seu cotidiano”.

Fotos: Virlane Carmo

Um dos destaques do evento é a promoção da integração entre a ciência e os saberes tradicionais da região. A Escola Familiar Agrícola de Jabuticaba desempenha um papel fundamental nessa troca de conhecimentos. Segundo Iracema Lima, diretora da escola, a Escola Família Agrícola trabalha com filhos e filhas de pequenos agricultores. “E nós trabalhamos justamente no sentido de desenvolver e de potencializar as tecnologias sociais de convivência com o semiárido. A unidade escolar funciona como laboratório e estar sendo palco para este evento diz muito sobre a importância desse lugar e dessa troca de saberes. É necessário que aconteça isso para que a gente esqueça aquela ideia de que ciência é algo que se faz em laboratório. Para sobreviver, o povo da Caatinga precisa de muita ciência, descobertas e reinventar muitos caminhos e muitas trilhas para continuar firme”.

Fonte: Ascom Jornalismo / Foto: Virlane Carmo

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