Dr. Humberto nasceu em 1933 em Salvador, Bahia. Filho de pai emigrante da Calábria, Itália, e mãe brasileira, Antônia, ele foi criado sob a influência de duas culturas ricas e distintas. Quando ainda era jovem, foi levado para Ipirá pelo seu tio, o médico Bartolomeu Soares de Carvalho. Em Ipirá, Humberto recebeu sua educação básica na Escola Góes Calmon.
A jornada de doutor Humberto para se tornar um advogado não foi fácil. Naquela época, viajar de Ipirá para Salvador significava enfrentar longas e árduas viagens em pau de arara pelas estradas de chão. No entanto, sua determinação e resiliência o levaram a alcançar o quase impossível: em dez anos, Humberto retornou a Ipirá como bacharel em Ciências Jurídicas, formado em 1962.
Ao longo de 62 anos, doutor Humberto dedicou sua vida ao povo de Ipirá. Sua carreira jurídica foi marcada por um profundo compromisso com a justiça e o desenvolvimento da cidade. Além de sua prática jurídica, ele foi o fundador do grupo conhecido como “macacada”, que teve um papel significativo na transformação e crescimento de Ipirá, uma cidade que era pequena quando ele chegou.
Mesmo sem ocupar grandes cargos, fez recomendações importantes que contribuíram para o progresso da cidade. Sua influência e dedicação ajudaram a moldar Ipirá, tornando-a uma comunidade mais próspera e unida.
Em um momento de sua carreira, se aliou ao grupo opositor ao que ele havia criado, devido a uma traição política. Reconhecendo sua importância, o grupo opositor o colocou como vice-prefeito, e juntos foram vencedores nas eleições do ano 2000.
Doutor Humberto é um exemplo de como a dedicação e o trabalho árduo podem ter um impacto duradouro em uma comunidade. Sua vida e carreira são testemunhos de um compromisso inabalável com a justiça e o bem-estar de Ipirá.
Agradecimento ao relato de Humbertinho e sua esposa Poliana pela colaboração essencial na homenagem a seu pai. A dedicação e o carinho refletidos em suas palavras certamente enriqueceram a celebração da memória de uma pessoa tão importante para a história de Ipirá.
Foto: Arquivo Pessoal