Azeite de oliva e lombo de porco registram as maiores altas, enquanto a farofa teve queda de 7,23%
Os 15 itens tradicionais da cesta de Natal tiveram uma alta média de 9,16% neste ano. O azeite de oliva liderou o aumento, com inflação acumulada de 21,30%, seguido pelo lombo de porco com osso, que registrou elevação de 19,72%. Os números foram divulgados no Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE).
Entre os produtos analisados, também se destacaram o pernil com osso, com alta de 17,80%, e o filé mignon, que subiu 16,87%. Por outro lado, alguns itens apresentaram redução de preços, como a farofa, que ficou 7,23% mais barata.
A pesquisa incluiu ainda itens com consumo sazonal elevado no período natalino, embora não façam parte da cesta tradicional.
“Na cesta de Natal estão produtos típicos das cestas prontas, enquanto nos itens de Natal consideramos aqueles que, apesar de não serem típicos, têm consumo ampliado nesta época. Um exemplo é a picanha, que, mesmo fora da cesta tradicional, está presente em churrascos e comemorações”, afirma Guilherme Moreira, coordenador do IPC-FIPE.
Aumento de juros pode prejudicar o desempenho do comércio
A decisão do Copom de elevar a taxa Selic para 10,75% ao ano foi criticada por diferentes entidades, que consideraram a medida exagerada e conservadora. A repercussão em relação à decisão do Banco Central aconteceu, principalmente após os Estados Unidos começarem a cortar os juros. Esse foi o primeiro aumento da taxa desde agosto de 2022. Nas reuniões de junho e julho, a decisão foi pela manutenção da taxa em 10,5% ao ano.
Para a Confederação Nacional do Comércio (CNC), a medida tende a impactar negativamente a atividade econômica, principalmente o comércio e o turismo, setores que dependem muito do crédito, especialmente para produtos de maior valor. “A elevação pode prejudicar o desempenho em datas importantes como a Black Friday e o Natal”, informou, em nota.
Fonte: Mercado de Consumo / Imagem: Shutterstock