Quais os impactos da Inteligência artificial na pecuária brasileira?

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Ferramenta revela pontos fortes e fracos da cadeia produtiva e mostra como pode contribuir na busca por diferenciação e sustentabilidade.

Analisar mercados. Essa é a principal função da inteligência artificial, de acordo com 53% das empresas, entre agroindústrias, cooperativas e propriedades, que participaram de estudo realizado pela Ação Estratégica – Comunicação e Marketing no Agronegócio.

Essa análise de mercado apontada aqui vai muito além da questão preço, uma vez que engloba diversos aspectos, como potencialidades/obstáculos relacionados a demanda global e nacional; possíveis rotas para crescimento e diversificação; e pontos fracos e fortes de todos os players relevantes no momento.

Dentro deste cenário, a inteligência artificial é realmente uma grande aliada da pecuária? Resolvi testar e avaliar os resultados

IA na Pecuária Brasileira

Recorremos a inteligência artificial para verificar aspectos de mercado da pecuária brasileira.

A IA, via ChatGPT, fez uma análise, avaliando aspectos a partir de duas perguntas:

1) Quais são as fortalezas e fraquezas pecuária brasileira dentro do mercado global de proteína animal?

2) Aponte as possibilidades da pecuária brasileira com o objetivo de diferenciação de mercado.

O que a inteligência artificial fala sobre a pecuária? 

Entre as fortalezas, a IA apontou a capacidade de produção da pecuária brasileira, o clima favorável, disponibilidade de terra e água, e tecnologia e pesquisa.

E entre as fraquezas, o ChatGPT enfatizou pontos que merecem a atenção de nossa pecuária, como logística deficiente e desigualdade tecnológica entre produtores.

A ferramenta também trouxe outros aspectos duvidosos como pontos fracos, tais como problemas ambientais e baixa rastreabilidade.

Por que esses pontos são duvidosos? 

Há uma clara preocupação do pecuarista brasileiro em relação a aspectos ambientais e de governança (aqui entra a rastreabilidade).

O estudo “Agronegócio e os pilares do ESG”, também desenvolvido pela Ação Estratégica – Comunicação e Marketing no Agronegócio, comprova esse cenário ao mostrar que 59% das empresas de agronegócio, incluindo agroindústrias, cooperativas e propriedades rurais, priorizam as práticas ESG (Ambiental, Social e Governança).

O ambiental (45%) é o pilar ESG mais priorizado pelas empresas do agro, seguido por governança. Ou seja, o pilar menos priorizado – e que realmente merece nossa atenção imediata – é o social.

Nos aspectos ambientais e de governança, a inteligência artificial precisa então abrir as porteiras, entrar nas propriedades e vivenciar a realidade do campo.

Fonte: Por Rodrigo Capella, diretor geral da Ação Estratégica – Comunicação e Marketing no Agronegócio / Foto: Freepik

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