A Câmara dos Deputados aprovou, na quarta-feira (25/06/2025) o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que revogou o decreto presidencial de aumento do IOF, imposto pelo Govebrasilrno Lula. A matéria foi aprovada por 383 votos a favor e 98 contrários, com destaque para o voto dividido da bancada baiana, que espelhou a fragilidade da articulação governista no Congresso Nacional.

Parlamentares baianos que votaram a favor da revogação do decreto (SIM)
Os deputados listados abaixo votaram pela derrubada do decreto presidencial, acompanhando a maioria da Câmara e apoiando o PDL que impediu a elevação do Imposto sobre Operações Financeiras:
- Adolfo Viana (PSDB)
- Alex Santana (Republicanos)
- Arthur Oliveira Maia (União Brasil)
- Capitão Alden (PL)
- Claudio Cajado (PP)
- Dal Barreto (União Brasil)
- Elmar Nascimento (União Brasil)
- Félix Mendonça Jr. (PDT)
- João Leão (PP)
- João Carlos Bacelar (PL)
- José Rocha (União Brasil)
- Leo Prates (PDT)
- Leur Lomanto Jr. (União Brasil)
- Márcio Marinho (Republicanos)
- Mário Negromonte Jr. (PP)
- Neto Carletto (Avante)
- Pastor Sargento Isidório (Avante)
- Paulo Azi (União Brasil)
- Raimundo Costa (Podemos)
- Ricardo Maia (MDB)
- Roberta Roma (PL)
- Rogéria Santos (Republicanos)
Parlamentares baianos que votaram contra a revogação (NÃO)
Esses deputados votaram a favor da manutenção do decreto do Executivo, mantendo a elevação do IOF. São, em sua maioria, integrantes da base governista de esquerda:
- Alice Portugal (PCdoB)
- Bacelar (PV)
- Daniel Almeida (PCdoB)
- Ivoneide Caetano (PT)
- Jorge Solla (PT)
- Joseildo Ramos (PT)
- Josias Gomes (PT)
- Lídice da Mata (PSB)
- Valmir Assunção (PT)
- Waldenor Pereira (PT)
- Zé Neto (PT)
Deputados baianos ausentes ou que não votaram
Parlamentares do PSD, tradicionalmente próximos do governo, não registraram voto, o que sinaliza possível recuo estratégico ou falta de alinhamento com o Palácio do Planalto:
- Antonio Brito (PSD)
- Charles Fernandes (PSD)
- Diego Coronel (PSD)
- Gabriel Nunes (PSD)
- Otto Alencar Filho (PSD)
- Paulo Magalhães (PSD)
Fragmentação da base e enfraquecimento do governo
A votação do PDL 3/2023, que anulou o aumento do IOF, expôs fissuras na base aliada do Governo Lula. Apesar do apoio explícito de deputados do PT, PCdoB e PSB, a desmobilização de parlamentares do PSD e o voto favorável de partidos da base ampliada, como União Brasil e Avante, indicam um cenário instável na relação entre o Executivo e o Congresso.
A ampla margem de aprovação do PDL (383 a 98) reforça o diagnóstico de déficit de articulação política do governo, inclusive em pautas com impacto direto nas finanças públicas. A derrubada do decreto representa um revés político e fiscal, ao mesmo tempo em que revela a capacidade de mobilização de blocos independentes e oposicionistas em torno de temas tributários e econômicos.
Fonte: Jornal Grande Bahia / Foto: JGB