Quinta, 7 de agosto de 2025
O líder do Partido Liberal (PL) na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL), pediu desculpas ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos), após aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) impedirem o avanço das votações na Casa.
Durante o discurso no plenário da Câmara, Sóstenes Macedo negou a existência de um acordo com Motta para que o projeto da anistia fosse colocado em pauta.
“Não fui correto no privado, mas faço questão de vir em público e te pedir perdão. O presidente Hugo Motta não foi chantageado por nós. Ele não assumiu compromisso de pauta nenhuma conosco. Nós precisamos de diálogo, nós precisamos nos comportarmos como patriotas, como verdadeiros, defender os interesses nacionais e deixar o processo eleitoral para o ano que vem. Lamentavelmente, esta Casa também entrou no clima de antecipar um processo eleitoral feito pelo atual governo”, disse o líder do PL.
“O presidente Hugo Motta não foi chantageado por nós. Ele não assumiu compromisso de pauta nenhuma conosco. Há um compromisso dos líderes dos partidos que eu anunciei. E nós, líderes dos partidos, que compomos a maioria desta casa, vamos pautar, sim, o fim do foro privilegiado e a anistia. Os líderes partidários. Não é o presidente Hugo Motta. Não existe chantagem nesta casa. Não é comportamento da direita a chantagear ninguém”, acrescentou.
Diante dos impasses na Câmara, Hugo Motta prometeu uma punição aos deputados que obstruíram as votações. Parlamentares deixaram a mesa diretora do plenário após uma intensa negociação.
De acordo com o republicano, as “providências serão tomadas até o final do dia de hoje”.
“Nunca foi contra o presidente Hugo Mota e nem contra o presidente [Davi] Alcolumbre [presidente do Senado]. A nossa briga é para que o Congresso Nacional, que tem voto do povo, todos vocês da esquerda, eu respeito, todos do centro eu respeito, vocês estão aqui com voto popular. Agora, um ministro do STF, dois ministros do STF que nunca tiveram um voto, desconsiderar um Congresso Nacional inteiro é a desmoralização dessa casa, gente. Nós precisamos não fechar o Congresso Nacional. Nossa atividade é muito maior, foi muito maior do que a prisão de um homem inocente como o presidente Bolsonaro. Muito maior do que isso. E o tempo dará essa resposta a esta Casa”, pontuou.
“Peço perdão da tribuna e te peço perdão da Câmara. Não fui correto no privado, mas faço questão de vir em público e te pedir perdão. Acho que muitos colegas aqui, no calor da emoção, não estávamos emocionalmente estruturados para aquilo. Nós precisamos de uma reconciliação nesta Casa, de boa convivência para dar exemplo para o Brasil”, finalizou.
Fonte: B News / Na tribuna, o líder do PL, Sóstenes Cavalcante negou a existência de um acordo com o presidente da Casa para aputar a anistia / Camara de Deputados