O delegado Henrique Damasceno, responsável pela investigação da morte do menino Henry Borel, afirmou nesta quinta-feira (8) ter certeza de que o vereador Dr. Jairinho, padrasto da criança, foi o autor das agressões que mataram o menino e de que a mãe dele, Monique Medeiros, foi conivente.
“Não resta a menor dúvida, em relação aos elementos que nós temos, sobre a autoria do crime, dos dois”, afirmou o delegado. O padrasto e a mãe foram presos e indiciados por homicídio duplamente qualificado na manhã desta quinta.
De acordo com Damasceno, a investigação ainda não foi encerrada, mas já há “provas muito fortes, muito convincentes, a respeito de toda essa dinâmica e da participação de cada um deles”.
Questionado se a mãe de Henry estaria sendo ameaçada pelo político para apoiar o suas atitudes, o delegado afirmou que não acreditava na possibilidade. Damasceno disse que jamais teria pedido a prisão da mulher se “imaginasse, minimamente, qualquer possibilidade de coação nesse tipo de circunstância”.
“Com bastante sinceridade, não é isso que percebi [que ela tenha sido ameaçada]. Ela teve inúmeros momentos em que ela poderia ter falado conosco, o depoimento foi bastante longo e ela se mostrou bastante à vontade em vários pontos dele”, complementou o chefe da investigação.
Conversas por mensagens trocadas entre a mãe da criança e a babá revelam a “rotina de violência” que Henry sofria e mostra que a Monique sabia das agressões cerca de um mês antes da morte do menino
“Ela esteve em sede policial, em depoimento, por mais de 4 horas, apresentando uma declaração mentirosa, protegendo o assassino do próprio filho. Não há a menor dúvida, que ela não só se omitiu, quando a lei exigia que ela deveria fazer [relatar o crime], como também concordou com esse resultado”, afirmou Damasceno.
Fonte: Bnews