Clima Econômico na América Latina em alta no 3º tri, mas recua no Brasil

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Melhor patamar do ICE em pouco mais de um ano (86,8 pontos) consolida retomada. Cenário nacional indica desconfiança (queda de 3,6 para 66,1); Argentina atinge 101,5 pontos

O Indicador de Clima Econômico (ICE) da América Latina seguiu avançando no 3º trimestre de 2025, para atingir 86,8 pontos – alta de 8,7 pontos em relação ao trimestre anterior. É o patamar mais elevado em pouco mais de um ano, divulgou na quarta-feira (3) a Fundação Getúlio Vargas Instituto Brasileiro de Economia (FGV Ibre). Em 12 meses, o ICE passou a registrar pequena expansão, de 2,7 pontos, consolidando um cenário de retomada do clima econômico na região.

O trimestre foi marcado por um comportamento mais homogêneo entre as principais economias da região, com tendência positiva (gráfico 2). Do lado negativo, houve moderado recuo do ICE no Brasil (-3,6 pontos, para 66,1). Do lado positivo, o ICE da Argentina oscilou (+0,6 pontos, para 101,5) e foram observados avanços importantes no México (+30,1 pontos, para 74,8) e na Colômbia (+25,3 pontos, para 92,8).

As economias nas quais o ICE se recuperou possuem ligação mais estreita com o ciclo econômico dos Estados Unidos. Uma agenda comercial menos agressiva do que originalmente imaginado e um desempenho econômico menos negativo nos Estados Unidos parecem guardar estreita relação com a retomada do clima econômico na América Latina.

PIBs de 2025

A atualização mais recente do cenário de crescimento para a região, publicada no World Economic Outlook do FMI, de outubro, sugere uma expansão de 2,4% em 2025, mantendo o ritmo de crescimento observado em 2024. Os respondentes da Sondagem da América Latina possuem, no entanto, uma visão mais negativa acerca do desempenho econômico da região, com uma expectativa de crescimento de somente 2,0% em 2025 (gráfico 3) – exatamente como esperado na pesquisa do 2º trimestre de 2025.

O Indicador de Clima Econômico (ICE) da América Latina é o principal indicador da Sondagem. Ele é composto por dois quesitos: o Indicador da Situação Atual (ISA), que apresenta a situação econômica atual dos países, e o Indicador de Expectativas (IE), que prevê a situação econômica nos próximos seis meses. A escala dos indicadores varia de 0 a 200 pontos, sendo a marca de 100 pontos o limiar entre condições econômicas favoráveis e desfavoráveis.

Fonte: (FGV)

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