Fotógrafo baiano leva série ‘Orixás’ para exposição da ONU na Europa em 2026

cultura

A convite da Organização das Nações Unidas, o fotógrafo documental André Fernandes levará a série “Orixás” para uma nova exposição na Europa em agosto de 2026, após exibições no Brasil e no Paraguai. O ensaio, composto por quinze fotografias produzidas no terreiro Ilê Axé Alaketu, integra o conjunto de obras premiadas pelo Concurso Internacional para Artistas de Minorias.

A mostra será realizada ao ar livre, às margens do lago Quai Wilson, em Genebra, reunindo trabalhos dos vencedores das últimas quatro edições do concurso promovido pela ONU. Na ocasião, André Fernandes apresentará a série em painéis ampliados, ao lado de artistas premiados entre (2022) e (2025).

Atualmente, o ensaio integra a exposição “Candomblé”, em cartaz na cidade de Asunción, no Paraguai, entre novembro de (2025) e março de (2026). A mostra reúne as quinze fotografias reconhecidas internacionalmente, além da coleção “Ounjẹ Òrìṣà – Comida de Orixá” (2025), composta por dezesseis novas imagens.

Exposição no Paraguai

Localizada no Instituto Guimarães Rosa, a mostra tem recebido visitantes interessados em conhecer ritos, referências culturais e elementos históricos do Candomblé. Cada fotografia representa um Orixá, compondo um acervo que abrange obras produzidas entre (2014) e (2024).

Durante o percurso expositivo, André Fernandes reforça que o projeto busca registrar tradições, rituais e a memória ancestral presente no terreiro Ilê Axé Alaketu, em Salvador. O artista destaca que o trabalho se desenvolve com atenção aos símbolos, às vestimentas e às orientações do Babalorixá Indarê Sá.

A série conquistou notoriedade internacional ao vencer o Concurso Internacional de Arte para Artistas Minoritários em (2024), sendo reconhecida pelo Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH). Na 17ª sessão do Fórum das Nações Unidas para Minorias, o fotógrafo foi o único brasileiro premiado, representando o estado da Bahia.

Reconhecimento internacional

A série apresenta representações de Exu, Ogum, Oxóssi, Logunedé, Obaluaê, Ossain, Oxumarê, Nanã, Oxum, Obá, Ewá, Iansã, Yemanjá, Xangô e Oxalá. Ao transitar entre diferentes países, o trabalho amplia o alcance da produção documental sobre religiões de matriz africana e reforça iniciativas de enfrentamento à intolerância religiosa.

Segundo André, expor novamente o ensaio na Europa evidencia o potencial da fotografia como instrumento de memória e diálogo. O fotógrafo avalia que o percurso internacional da série demonstra como a arte contribui para reflexões sobre ancestralidade e diversidade cultural.

Fonte: Jornal Grande Bahia

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