O Brasil está envelhecendo rapidamente. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até 2030 o país terá mais idosos do que crianças, exigindo novas estratégias de prevenção e cuidado contínuo. Dentro desse cenário, a Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI) analisou quase 16 milhões de exames realizados entre 2018 e novembro de 2025 e identificou que os pacientes acima de 50 anos concentram o maior volume de atendimentos, com pico entre os 60 e 62 anos.
Os dados mais recentes apontam para um marco inédito: somente entre janeiro e novembro de 2025, já foram realizados 2.324.839 exames em pacientes 50+. Esse número já supera o total registrado em todo o ano de 2024 (2.323.917), estabelecendo 2025 como o novo recorde da série histórica analisada pela Fundação. Para efeito de comparação, em 2018, o total anual era de cerca de 1,3 milhão. O crescimento constante da demanda é evidenciado pelos picos mensais recentes: em outubro de 2025, foram realizados mais de 228 mil exames, o maior volume mensal do ano, seguido por julho (223 mil) e maio (221 mil). A maioria dos atendimentos continua sendo de mulheres, que representam cerca de 62% dos exames nesse público (1,45 milhão de exames femininos em 2025 contra 874 mil masculinos).
Os procedimentos mais frequentes em 2025 refletem as principais demandas de saúde dessa faixa etária. O Raio-X de Tórax e a Mamografia seguem no topo da lista, mas exames de alta complexidade mantêm relevância:
- A tomografia computadorizada e a ressonância magnética continuam essenciais para diagnósticos neurológicos, oncológicos e musculoesqueléticos;
- A ultrassonografia segue como ferramenta versátil para abdome, pelve e tireoide;
- A densitometria óssea reforça sua importância no monitoramento da osteoporose.
Outro dado relevante é a consolidação do comportamento digital. A análise acumulada mostra que mais de 1,2 milhão de acessos ao portal de resultados foram registrados por esse público, com cerca de 1 milhão de exames vinculados a e-mails cadastrados. Isso confirma a tendência observada nos anos anteriores de que o público 50+ está cada vez mais conectado e engajado no acompanhamento da própria saúde.
Diante desse cenário, Simone Vicente, CEO da FIDI, destaca que os números confirmam a importância de olhar para o envelhecimento da população com foco na prevenção. “Estamos vivendo um movimento demográfico irreversível. À medida que a população envelhece, precisamos de estratégias que combinem tecnologia, precisão diagnóstica e humanização. O diagnóstico por imagem é um dos grandes aliados para garantir dignidade no envelhecimento, preservar a autonomia e oferecer qualidade de vida aos brasileiros que já passaram dos 50 anos.”
Na mesma linha, o superintendente médico na FIDI, Harley de Nicola, ressalta o impacto clínico direto dos exames de imagem para o público maduro, reforçando o papel da radiologia na prática médica. “Com protocolos otimizados e equipamentos de alta resolução, conseguimos identificar precocemente doenças crônicas, estratificar riscos e orientar condutas terapêuticas. Esse olhar atento é fundamental para prevenir incapacidades e garantir longevidade com qualidade”, declara o médico.
O avanço contínuo no uso da tomografia, ressonância magnética, ultrassonografia e densitometria óssea evidência como a radiologia se consolida como um pilar da prática médica moderna. Em um cenário de envelhecimento populacional, investir em diagnóstico por imagem não é apenas uma medida clínica, mas uma estratégia essencial de saúde preventiva.
Com Informações do Site Medicina SA