Um grupo de partidos de oposição na Venezuela não vai participar das eleições parlamentares de 6 de dezembro, anunciou o Centro de Comunicação Nacional, órgão criado por Juan Guiadó.
“Os partidos democráticos venezuelanos convocam todos os setores sociais e políticos do país a construírem uma nova ofensiva democrática para a salvação de Venezuela”, disse o centro por meio de comunicado divulgado neste domingo (2).
Além disso, o órgão afirmou que 27 legendas “unanimemente concordaram em não participar da fraude eleitoral”.
As eleições parlamentares anteriores foram realizadas em 2015 na Venezuela. O mandato da atual legislatura está previsto para acabar em dezembro de 2020. Os venezuelanos escolherão os 277 deputados da Assembleia Nacional.
Em janeiro de 2019, o líder opositor Juan Guaidó, que não época comandava a Assembleia Nacional, autoproclamou-se presidente interino da Venezuela, com objetivo de derrubar o presidente Nicolás Maduro do poder.
Os Estados Unidos e vários outros países, entre eles o Brasil, já sob o governo Bolsonaro, reconheceram Guaidó como presidente interino. Por outro lado, Rússia, China e Turquia apoiam o governo de Maduro.
Luis Parra eleito novo presidente da Assembleia
Em 5 de janeiro de 2020, a Assembleia Nacional elegeu o parlamentar governista Luis Parra para substituir Juan Guaidó como presidente da Casa.
Congressistas da oposição dizem que foram impedidos de entrar no Parlamento pelas forças de segurança. O governo, por sua vez, argumentou que Guaidó e seus aliados não participaram da votação para evitar uma derrota.
Pouco depois, parlamentares da oposição se reuniram fora da Assembleia Nacional e realizaram votação simbólica para reeleger Guaidó como presidente do Parlamento. Em maio, a Suprema Corte reconheceu Parra como líder da Casa.
Fonte: Sputniknews