Guilherme Sacco – Quinta, 27 de maio de 2021
Não, eu sou não sou torcedor do New York Knicks. Para ser sincero, a gente provavelmente irá concordar se você falar para mim que existe um exagero quando falam do tamanho dos Knicks na NBA. E, sim, escrevo isso completamente emocionado pelo segundo jogo de uma das melhores séries de playoffs dessa temporada: os Knicks deveriam ter lugar cativo na pós-temporada.
Talvez seja a abstinência de jogos com torcida por conta da pandemia que esteja aumentando algo que já seria lindo, mas é impossível não se emocionar com um Madison Square Garden lotado em dia de playoff se você é fã de NBA.
Depois de 8 anos, voltamos a vê-lo da melhor maneira possível. No primeiro jogo do retorno, Trae Young entrou para uma lista com nomes como Michael Jordan, Reggie Miller, Kobe Bryant e Alonzo Mourning: a dos vilões do Madison Square Garden.
Durante a seca de títulos, que já dura 48 anos, não foram poucas as vezes que os torcedores dos Knicks tiveram seus corações quebrados na pós-temporada por grandes nomes da história do basquete. Trae Young parece disposto a ser mais um deles.
E não é uma pulsação qualquer, é um sentimento quase de insanidade que faz com que basicamente uma cidade inteira ache normal alguém ir com uma máscara de gavião para um jogo ou então uma sessão inteira do ginásio levar fotos de pássaros para levantar durante os lances livres.
Sim, é evidente que chegar nos playoffs requer uma organização minimamente funcional, um elenco decente, um técnico, uma campanha boa e outras coisas mais que os
Knicks não tiveram na última década – e algumas dessas ainda seguem não tendo.
Mas o New York Knicks deveria participar de todos os playoffs. A franquia tem algo que as outras não tem, ao menos não nesse nível: um sentimento quase que doentio e um Madison Square Garden pulsando. E a gente deveria ser brindado com essa loucura anualmente. Informações do site ESPN Brasil.