O especialista diz que a alta transmissibilidade da variante combinada com o número de pessoas não vacinadas criou as condições ideais para um surto de infeções
Quinta, 5 de agosto de 2021
As infeções por Covid-19 estão aumentando nos Estados Unidos, e um pouco por todo o mundo, devido à variante Delta, mas uma variante ainda pior do vírus pode estar no horizonte e a situação pode agravar-se, caso o país não controle a pandemia, alertou Anthony Fauci.
O diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infeciosas, e principal conselheiro médico de Joe Biden, alertou que variantes mais perigosas do coronavírus podem surgir, caso os EUA não continuem aumentando em larga escala o número de pessoas vacinadas.
“Se não esmagarmos o surto ao ponto de vacinarmos a esmagadora maioria da população, então o que poderá acontecer é que o vírus vai continuar se proliferando durante o outono até ao inverno, criando uma grande hipótese de obter uma variante”, disse à McClatchy.
“Para ser franco, temos muita sorte de que as vacinas que temos agora funcionem bem contra as variantes, especialmente contra doenças graves”, mas, acrescentou Fauci, “pode haver uma variante que ande por aí e que pode afastar a Delta”. Pois, explicou, caso surja uma variante com a mesma transmissibilidade que a Delta, mas com sintomas mais graves, os EUA vão ficar “realmente em apuros”.
“As pessoas que não estão se vacinando pensam erroneamente que se trata apenas delas. Mas não é. Trata-se do mundo inteiro”, recordou o epidemiologista.
Fauci referiu ainda que o último aumento de casos no país é resultado da alta transmissibilidade da variante Delta e do grande número de pessoas que ainda não tomaram a vacina. “O que estamos vendo, por causa deste aumento na transmissibilidade, e porque temos cerca de 93 milhões de pessoas neste país que são elegíveis para serem vacinadas, mas não o fazem – é que há um grupo significativo de pessoas vulneráveis ’, elaborou.
Até agora, aproximadamente metade de todos os adultos norte-americanos foram totalmente vacinados e 70% tomaram pelo menos a primeira dose.
Fonte: Noticias ao Minuto