Por Poliana Antunes – Quem está na expectativa para receber algum tipo de encomenda, terá que esperar um pouco mais. Isso porque, a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (FENTECT), decidiu entrar em greve nesta segunda-feira (17). Segundo a entidade, não há prazo para o fim da paralisação na estatal. Contudo, irão mantêm efetivo de 30% para atender serviços essenciais na Bahia. São considerados serviços essenciais entregas de itens como remédios, Sedex, telegramas, vacinas e materiais biológicos.
A Federação explica que decidiram pela greve, porque são contra a privatização da estatal. Os grevistas reclamam de “negligência com a saúde dos trabalhadores” na pandemia, e estão pedindo que os direitos trabalhistas sejam garantidos. “Os sindicatos tentam dialogar com a direção dos Correios desde julho, mas não houve conversa. Em agosto, houve a revogação do atual acordo coletivo que valeria até 2021”, relataram em nota.
Ainda de acordo com a entidade, “Foram retiradas 70 cláusulas com direitos como 30% do adicional de risco, vale alimentação, licença maternidade de 180 dias, auxílio creche, indenização de morte, auxílio creche, indenização de morte, auxílio para filhos com necessidades especiais, pagamento de adicional noturno e horas extras.”
Na nota, o Correio diz, também, que não pretendem suprimir direitos dos empregados. “A empresa propõe ajustes dos benefícios concedidos ao que está previsto na CLT e em outras legislações, resguardando os vencimentos dos empregados. Sobre as deliberações das representações sindicais, os Correios ressaltam que a possuem um Plano de Continuidade de Negócios, para seguir atendendo à população em qualquer situação adversa”.
Respaldados por orientação da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST), bem como por diretrizes do Ministério da Economia, o órgão explica que, os Correios se veem obrigados a zelar pelo reequilíbrio do caixa financeiro da empresa. Em parte, isso significa repensar a concessão de benefícios que extrapolem a prática de mercado e a legislação vigente. Assim, a estatal persegue dois grandes objetivos: a sustentabilidade da empresa e a manutenção dos empregos de todos.
“A diminuição de despesas prevista com as medidas de contenção em pauta é da ordem de R$ 600 milhões anuais. As reivindicações da Fentect, por sua vez, custariam aos cofres dos Correios quase R$ 1 bilhão no mesmo período – dez vezes o lucro obtido em 2019. Trata-se de uma proposta impossível de ser atendida”, finaliza a nota.
Fonte: Tribuna da Bahia