Novamente epicentro da pandemia da Covid-19, a Europa tem dedicado esforços para controlar o avanço da doença na região antes das festas de fim de ano.
O continente responde por mais da metade da média mundial de infecções nos últimos 28 dias, segundo o levantamento desta quinta-feira (25) da universidade americana Johns Hopkins.
Mortes e hospitalizações, no entanto, estão mais baixas que durante a primeira onda da pandemia no continente – sinal do avanço da vacinação em alguns países.
O balanço mais recente de infecções no continente representa os níveis mais altos desde abril do ano passado, quando o vírus começou a se alastrar pela Itália.
Alguns dos países com baixa adesão de vacinas optaram por voltar com confinamentos obrigatórios, outros tentam incentivar a imunização com restrições para os não-vacinados.
Nesta reportagem você vai ver quais são os esforços da Europa para deixar de ser novamente o epicentro da pandemia de Covid-19.
Lockdown parcial
- Eslováquia
Nesta quinta, a Eslovaquia decretou lockdown parcial – a exemplo da vizinha Áustria – que deve durar cerca de duas semanas.
Restaurantes e comércios não essenciais deverão permanecer fechados, mas as escolas continuarão abertas, segundo um anúncio do governo feito na véspera.
A situação poderá ser reavaliada em 10 dias, afirmou o executivo. Um toque de recolher, da 1h00 às 5h00 também foi imposto em todo o país.
- Áustria
O confinamento da Áustria, que passou a valer na segunda-feira (22), foi decretado em meio a um aumento expressivo no número de casos de Covid-19, especialmente entre não-vacinados.
O país tem uma das mais baixas taxas de vacinação da Europa Ocidental. A decisão foi tomada dias após o governo ter instaurado um confinamento apenas para não vacinados.
Comércio não essencial está fechado, trabalhadores foram instruídos a seguir de casa, mas as escolas continuam abertas.
Passaporte de vacina com prazo de validade
A Comissão Europeia deverá propor em breve um prazo de validade de nove meses para o certificado de vacinação, segundo a agência de notícias Bloomberg.
Depois desse prazo será necessária uma dose de reforço para renovar o documento. A medida deverá valer tanto para cidadãos do bloco, quanto para pessoas vindas de fora.
Além disso, a Comissão Europeia também deverá recomendar que os países do bloco aceitem viajantes vacinados com um dos imunizantes aprovados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A medida passaria a valer a partir de 10 de janeiro, segundo informou a Bloomberg.
Atualmente, cada país tem a autonomia de decidir quais são as vacinas aprovadas para turistas poderem cruzar a fronteira.
Restrições para não vacinados
- Alemanha
A Alemanha bateu nesta quinta mais um recorde de casos diários de Covid-19 – e passou dos mais de 100 mil mortos pela doença desde o início da pandemia.
O país enfrenta a onda mais intensa da Covid-19, mas o número de mortes não tem acompanhado a disparada de casos.
A taxa da população adulta completamente vacinada na Alemanha é de 81%, segundo o Centro Europeu de Controle e Prevenção de Doenças (ECDC).
No entanto, esse número cai para 67% em comparação à população total. A meta do governo é a de atingir 75% de toda a sua população população totalmente imunizada.
Para isso, diversos estados da Alemanha vêm adotando restrições para não vacinados – como a apresentação de certificado de vacinação nos transportes, por exemplo.
- Portugal
Mesmo com uma das melhores taxas de vacinação da Europa, Portugal, voltou a exigir o certificado de vacinação para entrada em hotéis e restaurantes.
O país tem 92% da população adulta ou 87% de toda a sua população completamente vacinada, segundo levantamento do ECDC.
O governo português também anunciou que irá oferecer doses de reforço da vacina contra o coronavírus a um quarto de sua população até o final de janeiro.
- França
A agência de vigilância sanitária da França recomendou nesta quinta a dose de reforço para todos os adultos.
O passaporte sanitário será reforçado e, a partir de 15 de janeiro, o documento dos adultos perderá a validade se o reforço não for aplicado até sete meses depois da segunda dose.
O certificado e o uso de máscara também voltará a ser exigido em todos os lugares fechados com presença de público ou espaços abertos com concentração de pessoas, como as feiras de Natal.
O governo francês aposta na vacinação em novas medidas de distanciamento social para evitar um novo confinamento.
Fonte: g1