Por mais cuidado que possamos ter ainda não dá avalia especialista sobre Carnaval

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Em contato com o bahia.ba, o presidente da Associação Bahiana de Medicina (ABM), Dr. César Amorim afirmou que o momento não é propício

A indecisão em torno da realização do Carnaval de Salvador em 2022 está preocupando alguns especialistas da área da saúde. A maior festa popular do nosso país pode ocasionar curvas invisíveis de contágio e até o surgimento de novas variantes da Covid-19.

Em contato com o bahia.ba, o presidente da Associação Bahiana de Medicina (ABM), Dr. César Amorim afirmou que o momento não é propício para a liberação da festa. Segundo o dirigente, a 4ª onda que atinge a Europa é um fator determinante para se levar em consideração.

“Acho muito difícil pensar em liberar o Carnaval em Salvador nesse momento. Por mais cuidado que possamos ter em relação as medidas de segurança, ainda não dá. Temos que fazer uma liberação gradativa de eventos cada vez mais maiores, e esperar o resultado disso. […] É preocupante, sem dúvida nenhuma, essa quarta onda que está em alguns países da Europa. A maneira de conter isso é com a vacinação. É muito importante que a população compreenda a importância de se imunizar. É isso que está tirando a gente dessa pandemia”, disse.

Na última sexta-feira (26), o secretário de saúde de Salvador, Leo Prates voltou a criticar o decreto estadual que permite público nos estádios de futebol. O gestor da pasta publicou imagens do duelo entre Bahia e Grêmio, na Arena Fonte Nova, para questionar o governador Rui Costa sobre “o parâmetro epidemiológico para a decisão” de liberar “verdadeiros carnavais nos estádios”.

Alguns apoiadores da realização do Carnaval em 2022 utilizaram as críticas do secretário de saúde para tentar justificar a liberação da festa no próximo ano. No entanto, o Dr. César Amorim reforça que realizar “o controle da população dentro de um estádio de futebol é muito mais fácil” do que na maior festa do nosso país.

“O carnaval é a maior festa popular dentro do nosso estado, do nosso país. O controle de uma população dentro de um estádio de futebol é muito mais fácil do que no Carnaval de Salvador. Antes de pensar no Carnaval, temos que passar por algumas etapas de liberações. A medida que vamos liberando, observamos se está tendo piora ou não. Se está tendo aumento no número de casos, no número de mortalidades e de pacientes internados. Por exemplo, foram liberados eventos com três mil pessoas. Ainda temos que ver a repercussão disso”, avaliou.

Fonte: Bahia.ba


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