Caso Ceni deixe o comando do São Paulo mais uma vez – esteve na direção do time em 2017 -, ele vai perder mais uma oportunidade de repetir na sua ‘casa’ o elogiado trabalho feito no Fortaleza e a conquista do Brasileirão pelo Flamengo no ano passado
OSão Paulo se despede do Campeonato Brasileiro, quinta-feira, em Belo Horizonte, diante do América-MG. Depois de lutar 37 rodadas para escapar do rebaixamento, a equipe tem remotíssimas chances de obter uma vaga na Copa Libertadores, mas o problema maior é saber se Rogério Ceni vai permanecer para 2022.
Depois de afirmar que não tem planos para a próxima temporada, o treinador deu e entender após a vitória sobre o Juventude, por 3 a 1, nesta segunda-feira, que vai exigir da diretoria contratações para ter maiores opções táticas para mexer na equipe. Atletas velozes seriam um dos pedidos. Esta ambição de Ceni bate de frente com a péssima situação financeira do clube, que pensa mais em vender do que comprar.
Duas situações também minam o trabalho no banco de reservas de um dos maiores ídolos da história do clube. A falta de apoio por parte da principal torcida organizada do time, além de alguns problemas de relacionamento com atletas do elenco. O estilo muito rígido do treinador seria um dos obstáculos de um bom convívio.
Caso Ceni deixe o comando do São Paulo mais uma vez – esteve na direção do time em 2017 -, ele vai perder mais uma oportunidade de repetir na sua ‘casa’ o elogiado trabalho feito no Fortaleza e a conquista do Brasileirão pelo Flamengo no ano passado.
A dura decisão sobre a permanência do ídolo vai recair sobre o presidente Júlio Cazares, que brigou para trazê-lo e agora vive um dilema: convencer o técnico a ficar usando bons argumentos sobre a montagem de um time mais competitivo para 2022, ou ceder à pressão cada dia maior de cardeais do Morumbi para mandá-lo embora.