Nota Pública

educação

Educadores brasileiros se solidarizam com os profissionais de educação de Ipirá/BA que,
desamparados pela gestão municipal, exigem somente os seus direitos

O prefeito Edvonilson Santos, de Ipirá, município do centro norte do Estado da Bahia,
insiste em aplicar o reajuste do Piso Salarial Nacional do Magistério somente no vencimento básico
da categoria dos/as professores/as de sua rede municipal de ensino, negligenciando que esse reajuste
legal deve repercutir em toda a estrutura da carreira dos profissionais do magistério da cidade.
Lança mão de justificativas de responsabilidade fiscal para se omitir no trato correto com a
educação do município, que deve ser priorizada frente às quaisquer imperativos de ordem fiscal.

Ao criar essa ‘cortina de fumaça’ para não reverberar o reajuste do piso na tabela salarial
como um todo da carreira dos/as professores/as da cidade, o prefeito Dudy, como é conhecido na
região, deixa de cumprir com as suas responsabilidades de gestor. O município de Ipirá não atingiu
a sua meta no IDEB em 2019, quando referente aos anos iniciais do Ensino Fundamental: enquanto
o Brasil e a Bahia superaram suas metas propostas para aquele ano em, respectivamente, 0.2 e 0.6
pontos, o município de Ipirá tinha como meta 4.5 e atingiu 4.4 em 2019.

A qualidade da educação de um município está intimamente ligada à valorização profissional
dos/as trabalhadores/as em educação. A postura do prefeito Dudy no trato com as professoras e
professores de sua cidade atrapalha a qualidade da própria educação no município. O direito à
educação do povo brasileiro deve ser basilar na gestão de qualquer prefeitura do país. E o
cumprimento da Lei do Piso, com a adequada valorização da carreira dos/as profissionais de
educação, tem desdobramento e impacto direto nos números negativos apresentados.

Os/as educadores/as de todo o país se somam à luta dos profissionais do magistério da cidade
de Ipirá e com o conjunto da sociedade do município que, atualmente, não encontram amparo em
seu gestor municipal. A defesa da educação e de seus/uas profissionais é critério básico para a
definição da qualidade de atuação de todo e qualquer gestor público.


Brasília, 19 de maio de 2022
Direção Executiva da CNTE

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