Divulgação ressalta a importância do poder de projeção no ciberespaço para o governo Biden
O Cyber Command, unidade de hackers dos militares dos EUA, realizou operações cibernéticas ofensivas em apoio à Ucrânia, enquanto se defende contra a invasão da Rússia, confirmou o chefe do comando.
A divulgação ressalta a importância do poder de projeção no ciberespaço – em apoio às defesas da Ucrânia e para potencialmente impedir a Rússia de realizar ataques cibernéticos contra a infraestrutura dos EUA – para o governo Biden, que continua evitando envolver diretamente a Rússia em uma guerra de tiros.
“Realizamos uma série de operações em todo o espectro: operações ofensivas, defensivas e de informação”, disse o general Paul Nakasone em entrevista à Sky News. Um porta-voz do comando não contestou a precisão do artigo, mas se recusou a detalhar o que as operações do comando na Ucrânia implicaram.
É um raro reconhecimento público de oficiais militares dos EUA de operações de hackers que muitas vezes são envoltas em mistério.
Os comentários de Nakasone e a resposta da Casa Branca a eles sugerem que o ciberespaço é um domínio no qual o governo Biden se sente à vontade para combater a Rússia sem medo de escalada.
O presidente Joe Biden prometeu não se envolver militarmente diretamente com a Rússia durante a guerra na Ucrânia, desde que os EUA e seus aliados não sejam atacados.
“Não vemos isso como tal”, disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, na quarta-feira, quando perguntada em uma entrevista coletiva se as ações do Comando Cibernético contradiziam a promessa de Biden.
Autoridades alertam há meses sobre a ameaça de ataques cibernéticos russos retaliatórios contra a infraestrutura dos EUA depois que os EUA e seus aliados impuseram sanções abrangentes ao Kremlin por sua guerra na Ucrânia.
Embora os analistas tenham apresentado uma série de teorias, incluindo melhorias nas defesas dos EUA, por que tal invasão aparentemente ainda não aconteceu, autoridades dos EUA disseram à CNN que o medo russo de uma escalada no ciberespaço pode ser um fator.
Por um lado, Moscou pode não querer arriscar ataques cibernéticos retaliatórios dos EUA que possam impedir as operações militares russas, disse um alto funcionário da inteligência de defesa dos EUA à CNN.
