Escritora Aila Boler realiza tarde de autógrafos do livro ‘As Cartas que Ficaram na bagagem

cultura

Evento acontece no dia 8 de julho

Promessa da literatura baiana, a arquiteta e escritora Aila Boler já tem próximo encontro marcado com os fãs de Salvador numa tarde de autógrafos do sucesso “As Cartas que Ficaram na Bagagem” que acontecerá na próxima sexta-feira (8), às 18h, na Livraria Leitura, no Salvador Shopping.  

A escritora reforça a importância do destaque aos autores locais. “Se as cidades do mundo fossem pessoas e você pudesse conversar com elas, o que elas te diriam e o que você teria a contar?” 

 Sua obra ocupa a posição de Best e Top Sellers em vendas em mais de uma categoria na Amazon Brasil. Com tanto sucesso, Aila está com uma agenda de eventos agitada, mas sempre buscando proporcionar ao seu público uma boa troca de experiência. 

 Neste bate-papo, Aila revela a ansiedade para seu primeiro evento solo em livraria de shopping, compartilha um pouco mais do seu livro e abre sua vida pessoal, contando algumas curiosidades de quem ela é nos bastidores. 

 Como está a ansiedade para a tarde de autógrafos na Livraria Leitura? 

 Aila: Esse será o meu primeiro evento solo em livraria de shopping, estou ansiosa e bem animada. A dinâmica é bem diferente de outros eventos que já participei. Existe o movimento dos leitores atentos e as pessoas que estão passando pelo local acabam ficando curiosas, querendo saber o que está acontecendo, e acabam ficando durante o evento. É uma experiência muito especial, confesso que estou com aquele friozinho na barriga. 

 O que você espera desse evento? 

 Aila: Muitos leitores já estão vindo até a mim com dúvidas sobre as dicas de viagem, experiências e, principalmente, essa nova forma de tratar a arquitetura. Espero que as pessoas venham dispostas a ter essas trocas, assim poderemos ter um momento muito especial e inesquecível para todos. 

 Quando e como você iniciou a carreira de escritora? 

 Aila: A escrita sempre foi uma das formas de me expressar. Em 2019 iniciei a transcrição do meu diário de bordo do mochilão que fiz só para países da Europa em 2018. Em 2020, com a pandemia, eu dei vazão às escritas, me matriculei em cursos, busquei pessoas, passei a me aprimorar e escrever com consciência. Consegui notoriedade e trabalho na área muito rapidamente e, desde então, sigo nesse fluxo como arquiteta e escritora. 

 Sobre o livro “As Cartas que Ficaram na Bagagem”, o que você pode contar? 

 Aila: O livro é fruto de uma necessidade de me reinventar perante a dificuldades e superação de ciclos. Este é o primeiro livro da coleção Arquitetura Emocional. Meu desejo é que as cartas prosperem e encontrem corações e prateleiras para chamar de lar. Que as cartas que ficaram na bagagem inspirem os leitores e leitoras a despertarem o anseio de viajar para o mundo ou para dentro de si, lembrando que ninguém precisa caber em um só espaço. 

 O que você acha que as pessoas podem se identificar ou se identificam nele? 

 Aila: Essa é uma resposta muito pessoal, mas venho recebendo feedbacks diversos de pessoas que passaram a enxergar os lugares de uma nova forma. Tem pessoas que se identificam com o espírito viajante, inclusive, alguns dos leitores levam o livro literalmente na bagagem durante viagens locais e até no exterior! 

 Além dessa obra, quais foram os outros lançamentos que você já fez? 

 Aila: Como escritora, já participei de antologias, publicações físicas e digitais inclusive com editora Portuguesa de distribuição internacional. Como arquitetura fiz parte do departamento de arte de um longa metragem baiano, projetei exposições de arte e no geral, as noites e cerimônias de lançamento sempre são especiais. Programei o lançamento do meu livro para que fosse da mesma forma e foi lindo! 

 Como foi a escolha do seu nome artístico? 

 Aila: Uso o exemplo de Clarice Lispector, que é um dos pseudônimos da Chaya Pinkhasovna. Não queria me limitar como um corpo no espaço, então decidi encarnar a minha poética não apenas quando escrevo, mas como forma de ser, transcendendo a cada oportunidade. Além disso, existem os motivos comerciais, numerológicos e astrológicos que estudei para criar o nome e me aprimorar enquanto escritora. Até a minha assinatura tem uma dinâmica e propósito. 

 Qual conselho você pode dar para os jovens, que assim como você, querem se tornar grandes escritores? 

 Aila: Se a semente que você cultiva dentro de si tem uma poética que você semearia para o mundo: floresça! 

 Conhecemos a Aila escritora, nos bastidores quem é a Natália? 

 Idade: 26 anos 

 idade Natal: Salvador, mas viajo desde pequena e já morei em Adelaide, na Austrália. 

 Música favorita: Ouço música eletrônica de diversos gêneros, mas tem uma música especial que me marcou e me vejo cantando, principalmente, quando for mãe. “You’ll be in my heart”, do Phill Collins, que fez parte da trilha sonora do filme Tarzan.   

Comida favorita: Sou fã de frutos do mar. Não como fast food, embutidos nem bebo refrigerante. No geral, gosto de experienciar comidas feitas por pessoas que transformam o alimento com amor, em verdadeiras obras de arte. 

Livro favorito: Tenho alguns em diferentes estilos e momentos de vida mas o livro que mais consulto é “as cartas do caminho sagrado” da autora indígena norte americana Jamie Sans que compilou em 44 cartas, histórias e práticas do misticismo dos povos Seneca, Asteca, Choctaw, Lakota, Maia, Yaqui, Paiute, Cheyenne, Kiowa, Iroquesa e Apache visando passar conhecimentos ancestrais e respeito a natureza incentivando o leitor a uma jornada de autoconhecimento. Eu trago referências a este livro no penúltimo capítulo do meu romance as cartas que ficaram na bagagem. 

Filme favorito: Eu gosto de contemplar imagens com uma poética por detrás, gosto de filmes que me transportem para a realidade que eles habitam…  eu tenho um carinho especial pelos respiros visuais criados pelo diretor Hayao Miyasaki e os Studios Gibli desde os anos 80 em seus filmes. Gosto de como a jornada do herói é desconstruída e a história é narrada pelas pausas, pelas transcendências espaciais e pelos detalhes. 

 Cor favorita: As cores do pôr do sol. 

 Se pudesse ser um personagem, qual seria? Eu mesma. Escrever ficção me dá a liberdade em não caber em um só espaço 

 Se pudesse ser qualquer outra pessoa, quem seria? Eu mesma com mais horas no dia. 

 O que mais gosta de fazer? Depende do clima, tempo e humor, mas com um lápis e um papel na mão me sinto bem em qualquer lugar! 

 O que menos gosta de fazer? Sentir que estou perdendo tempo. 

 Se pudesse dizer algo hoje para a Natália de 5 anos atrás, o que seria? A Natália de 5 anos atrás nem sonhava em escrever, estava voltando da Austrália cheia de questionamentos, vivendo outro momento de carreira e de vida, e precisava passar por tudo, sempre inquieta em constante renovação. Acho que diria: sua trajetória te levará a lugares lindos. Procrastine menos, persista mais, DIGITALIZE O QUE VOCÊ ESCREVE e invista mais em si. 

Fonte: Bahia.ba

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