Foto: Arte g1

O que pensam os candidatos: combate à violência contra mulher na Bahia

Bahia

A Bahia teve um caso de violência contra a mulher a cada dois dias em 2021, segundo a pesquisa “Elas vivem: dados da violência contra a mulher”, da Rede de Observatórios da Segurança. De acordo com os dados, a Bahia teve 232 casos de violência contra a mulher no ano passado.

Houve queda de 31% nos registros da Rede, em relação a pesquisa feita em 2020, mas apesar da redução, os tipos de violência sofridas não tiveram grande tipo de variação quando o assunto é feminicídio: foi de 70 (2020) para 66 casos (2021). O feminicídio foi o tipo mais registrado, seguido por homicídio (55), tentativa de feminicídio/agressão física (50) e violência sexual (29).

Os dados divulgados no começo de 2022 apontam que o combate à violência contra a mulher deve ser um dos principais problemas enfrentados pelo próximo governador da Bahia, que será escolhido nas eleições de outubro desse ano.

Diante disso, o g1 Bahia apontou este e outros quatro temas para os concorrentes ao governador do estado na série “O que pensam os candidatos”. A série começou a ser publicada na segunda-feira (8) com as propostas dos candidatos para o combate à violência no estado.

Até sexta-feira, ACM Neto, Giovani Damico, Jerônimo Rodrigues, João Roma e Kleber Rosa vão dizer no g1 Bahia o que pensam sobre, além do combate à violência contra a mulher, o enfrentamento da violência (08/08), o combate à pobreza (10/08), além de propostas contra o analfabetismo (11/08) e o desemprego (12/08). Os vídeos foram produzidos e enviados pelas equipes dos candidatos.

Veja o que pensam os candidatos sobre combate à violência contra mulher

Giovani Damico (PCB)

Giovani Damico diz que “a violência contra a mulher não se resume apenas a agressão” e aponta a criação de políticas públicas, como a separação de espaços em transportes públicos para mulheres. “A situação do trabalho deve ser resolvida a partir do momento em que uma legislação estadual garanta que para o mesmo trabalho o mesmo salário deve ser pago. Temos uma situação onde a questão material é fundamental para que as mulheres possam sair da situação de vulnerabilidade”

Jerônimo Rodrigues (PT)

Jerônimo Rodrigues diz que “a violência contra mulher é resultado da cultura do machismo implantado na sociedade” e aponta que é preciso punir os agressores e enfrentar a mentalidade machista. Ele destaca as frentes que pretende trabalhar, como campanhas educativas, estímulo e acolhimento de denúncias e assistência às mulheres. “Não podemos mais admitir qualquer tipo de comportamento contra a mulher”.

João Roma (PL)

João Roma diz que a “violência contra a mulher na Bahia é mais uma das consequências da desestruturação da segurança pública”. Ele destaca a presença das mulheres nas suas chapas para ajudá-lo a criar protagonismo feminino no estado. “No governo da Bahia vamos cada vez mais atuar de forma firme para que possamos proteger a mulher e cada vez mais dar protagonismo na sua atuação perante a nossa sociedade”.

Kleber Rosa (PSOL)

Kleber Rosa diz que “é necessário pensar a expansão do atendimento às mulheres para além da polícia”. Para ele, a rede de acolhimento às mulheres deve ser ampliada. “Existe, atrelada à ação policial, uma rede de proteção às mulheres que precisa chegar às mais diversas regiões da Bahia, de maneira que se garanta a expansão da proteção e da garantia dos direitos às mulheres da vida e do seu bem-estar”. 

ACM NETO (União Brasil)

ACM Neto diz que um dos motivos pelos quais escolheu uma mulher (Ana Coelho) para ser vice na chapa foi para mostrar o compromisso com as políticas voltadas para as mulheres. Ele cita ampliação da rede de segurança e acolhimento, além de empregabilidade, como políticas a serem implantadas. “É fundamental ter uma rede de acolhimento, de assistência e de amparo às mulheres que são vítimas de violência, porque elas precisam se sentir seguras para sair do ambiente onde estão sendo violentadas”. 

Fonte: G1 Bahia