Pelo menos 15 pessoas foram mortas e outras 40 ficaram feridas na quarta-feira (25) em um “ataque terrorista” no Santuário Shahcheragh na cidade de Shiraz, sul do Irã, segundo a mídia estatal e autoridades iranianas. Duas crianças estavam entre as vítimas, de acordo com a estatal Press TV.
As forças de segurança iranianas prenderam dois dos supostos agressores e uma caçada está em andamento para capturar um terceiro, informou a imprensa estatal.
O grupo terrorista Estado Islâmico (ISIS) reivindicou a responsabilidade pelo ataque, divulgando um comunicado por meio de sua agência de notícias afiliada Amaq, que disse que um de seus membros tinha como alvo “grupos de infiéis sunitas rebeldes dentro do santuário com sua metralhadora, causando a morte de dezenas deles”.
A agência de notícias Nour, afiliada ao principal órgão de segurança do Irã, disse que os suspeitos eram estrangeiros.
A noite de quarta-feira é um dos horários mais movimentados para o santuário, informou a estatal IRNA, e testemunhas oculares disseram que um agressor estava em um carro antes de atacar os fiéis em sua entrada.
O governador da província de Fars disse que “o terrorista primeiro atacou o servo e o guarda do santuário e pretendia atacar as orações da noite da congregação, mas um dos servos fechou a porta para ele”, disse o jornal estatal citando o governador.
“Gritos altos foram ouvidos na seção feminina do santuário na hora do adhan [o chamado para a oração] e de repente um homem armado foi visto com uma Kalashnikov atirando indiscriminadamente no complexo do santuário”, disse uma testemunha ocular à mídia estatal.
“Após a explosão inicial de fogo, o homem se aproximou do santuário e disparou muitos tiros contra os presentes no local”, acrescentou a testemunha ocular.
O ataque ocorreu no mesmo dia em que os confrontos eclodiram em todo o Irã, quando milhares de pessoas foram ao local do enterro de Mahsa Amini em Saqqez, uma cidade na província do Curdistão, para marcar 40 dias desde sua morte, disse a agência notícias semi-oficiais do estado iraniano, a ISNA. Não está claro se o ataque estava relacionado aos protestos.
Os protestos tomaram conta da República Islâmica após a morte da iraniana curda de 22 anos, que morreu em 16 de setembro depois de ser detida pela “polícia da moralidade” e levada para um “centro de reeducação”, supostamente por não cumprir código de vestimenta conservador do país.
Fonte: CNN