Suspensa desde 2020 por causa da pandemia da Covid-19, festa literária contou com série de espaços e atividades para várias faixas etárias.
A cidade de Cachoeira, no recôncavo da Bahia, se despediu no último domingo (6), da 10ª edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica).
Suspensa desde 2020 por causa da pandemia da Covid-19, a festa literária em Cachoeira contou com uma série de espaços e atividades para várias faixas etárias. A programação foi gratuita.
No sábado (5), foi dia de escutar a sabedoria e voz da cantora e compositora Margareth Menezes, que falou no palco da Tenda Paraguaçu sobre a relação das palavras e da música e cantou sucessos da sua carreira.
A artista foi homenageada no projeto O Violão e a Palavra, da Fundação Pedro Calmon (FPC), vinculada à Secult, em comemoração aos seus 60 anos no próximo dia 13 de novembro.
“É um prazer enorme esta homenagem, dentro de um tema maravilhoso que é essa amplitude da cultura do nosso Brasil, dessas representatividades que existem. O Brasil é um país diferenciado justamente por causa dessa diversidade de representações culturais e estéticas”, comentou Margareth Menezes.
No sábado também teve batalha de slam na Casa Insubmissa, no centro da cidade, com 12 artistas participantes que disputaram prêmios de R$ 1 mil (primeiro lugar), R$ 800 e R$ 500 respectivamente. No júri estavam Ligia Benigno (Produtora Cultural), Mônica Santana (Atriz, dramaturga e escritora), Ayala Tude (Tradutora e Pesquisadora), Amanda Julieta (Escritora e Pesquisadora) e Samira Soares (Pesquisadora em Literatura).
No espaço, o encerramento foi do Baile Insubmisso com shows de Sued Nunes e DJ Nai Kiese, com as apresentações “Travessia Intimista” e “Eu não Ando Só”.
Na casa que abriga o Educar para Transformar teve apresentação de um robozão que dança pagode e hits do momento, arrastando multidões na Festa Literária. A atividade, segundo a diretora de Políticas e Programas da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, Sahada Luedy, é parte do projeto da popularização da ciência.
“Você só começa a sensibilizar desde a infância, tanto para a ciência, quanto para a tecnologia e para a inovação. Então a ideia de trazer o robozão era para ter esse momento lúdico e naturalizar a presença da tecnologia, entreter, porque isso marca a memória”, completou.
No mesmo palco, a drag queen Theska Manson apresentou sua performance com dublagem e coreografias afros pensadas pela artista desde o seu repertório com a dança, que já completa 10 anos.
No domingo (6), o encerramento do evento contou com a apresentação do bloco Ilê Aiyê, na Tenda Paraguaçu, junto com o Sarau dos Poetas.
Segundo o coordenador geral da Flica, Jomar Lima, a festa literária recebeu esse ano entre 60 e 80 mil pessoas de todas as partes do Brasil, que movimentaram a Tenda Paraguaçu, o Palco Ritmos, Reconversas, Território Flica, Casa do Autor Baiano, os espaços Educar para Transformar e Geração Flica.
A estimativa considera o fluxo de pessoas nos principais palcos, que comportam mais pessoas, e os shows do palco do ritmo, no centro da cidade.
“Nós trouxemos nomes de peso, como MV Bill, Auritha Tabajara e Cidinha da Silva. E foi uma mesa fantástica, linda! Tivemos alguns autores internacionais, dois moçambicanos e um poeta cubano, e diversos outros autores e autoras também a nível nacional e regional. Nossa expectativa foi superada em relação ao número de pessoas que transitaram nas cidades de Cachoeira e São Félix, que também sentiu esse impacto durante esses quatro dias de atividades”, apontou o coordenador.
Fonte: g1