Terça, 20 de dezembro de 2022
Um acordo histórico para proteger a biodiversidade foi anunciado no encerramento da Conferência sobre Biodiversidade, COP15, em Montreal, no Canadá, no dia 19 de dezembro de 2022.
Os países participantes do encontro concordaram em preservar um terço da natureza do planeta até 2030 e estabeleceram metas para a proteção de ecossistemas vitais, como florestas tropicais e pântanos, e dos direitos dos povos indígenas.
O texto adotado inclui várias metas importantes que enquadram as ações a serem tomadas agora para deter a perda desenfreada de biodiversidade, como será o financiamento e como o progresso será monitorado e relatado.
Um acordo histórico para proteger a biodiversidade foi anunciado no encerramento da Conferência sobre Biodiversidade, COP15, em Montreal, no Canadá, no dia 19 de dezembro de 2022. Os países participantes do encontro concordaram em preservar um terço da natureza do planeta até 2030 e estabeleceram metas para a proteção de ecossistemas vitais, como florestas tropicais e pântanos, e dos direitos dos povos indígenas.
O texto adotado no Quadro de Biodiversidade Global de Kunming-Montreal inclui várias metas importantes que enquadram as ações a serem tomadas agora para deter a perda desenfreada de biodiversidade, como será o financiamento e como o progresso será monitorado e relatado.
Principais pontos:
- Manter, melhorar e restaurar ecossistemas, incluindo deter a extinção de espécies e manter a diversidade genética;
- Uso sustentável da biodiversidade, garantindo que espécies e habitats possam continuar fornecendo alimentos e água potável;
- Garantir que os benefícios dos recursos da natureza, como remédios que vêm de plantas, sejam compartilhados de forma justa e igualitária e que os direitos dos povos indígenas sejam protegidos;
- Investir e colocar recursos na biodiversidade, garantindo que o dinheiro e os esforços de conservação cheguem onde são necessários.
No encontro, cientistas alertaram que, com a perda de florestas em taxas sem precedentes e os oceanos sob pressão da poluição, os humanos estão empurrando a terra para além de limites seguros. Isso inclui o aumento do risco de doenças que se espalham de animais selvagens para populações humanas, como ocorreu com os vírus que provocam COVID-19, ebola e AIDS.
Segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a comunidade global se uniu e concordou com um caminho ambicioso. Através da iniciativa Promessa da Natureza, PNUD, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e outros parceiros irão apoiar mais de 140 países para transformar o rumo da crise da natureza. Para o PNUD, o acordo é um momento histórico e pode definir um rumo para um futuro próspero em um planeta saudável, sem deixar ninguém para trás.
O líder do PNUD, Achim Steiner, acredita que parcerias nacionais, alcance global e suporte técnico são fundamentais para mobilizar a ação decisiva para enfrentar as crises planetárias. Já a diretora executiva do PNUMA, Inger Andersen, elogiou a adoção do documento, considerado um primeiro passo para redefinir o relacionamento das pessoas com o mundo natural.
Fonte: ONU Brasil