Vacina é disponibilizada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde de acordo com o risco de agravamento pela doença
A campanha nacional de vacinação contra a gripe, do Ministério da Saúde, começa nesta segunda-feira (10).
A imunização contra o vírus influenza já acontece em pelo menos dez estados: Roraima, Mato Grosso do Sul, Paraná, Minas Gerais, Maranhão, Paraíba, Espírito Santo, Goiás, Piauí e Pará. Outros sete estados e o Distrito Federal dão início à campanha nesta segunda-feira (10), incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Sergipe, Pernambuco, Santa Catarina, e Mato Grosso.
A vacina é disponibilizada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a grupos prioritários, definidos pela pasta de acordo com o risco de agravamento pela doença. A meta é vacinar, pelo menos, 90% de cada um dos grupos prioritários. Veja quem pode se vacinar:
- Pessoas com mais de 60 anos;
- adolescentes em medidas socioeducativas;
- caminhoneiros e caminhoneiras;
- crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias);
- Forças Armadas, de Segurança e Salvamento;
- gestantes e puérperas;
- pessoas com deficiência;
- pessoas com comorbidades;
- população privada de liberdade;
- povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas;
- professoras e professores;
- profissionais de transporte coletivo;
- profissionais portuários;
- profissionais do Sistema de Privação de Liberdade;
- profissionais da saúde.
Os imunizantes utilizados no SUS são trivalentes, produzidos pelo Instituto Butantan e distribuídos para toda a rede pública de saúde.
A composição da vacina muda a cada ano, de acordo com as cepas do vírus que mais circulam no momento, informadas nas orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Como o vírus influenza sofre constantes mutações, é importante tomar a vacina atualizada todos os anos para manter a proteção.
Para 2023, em conformidade com a orientação da OMS, o imunizante será composto pelas cepas: Influenza A/Sydney/5/2021 (H1N1) pdm09; Influenza A/Darwin/9/2021 (H3N2); e Influenza B/Áustria/1359417/2021 (linhagem B/Victoria).
De acordo com o Instituto Butantan, já foram enviadas 42 milhões de doses ao governo federal. Mais 38 milhões estão previstas até 28 de abril, totalizando 80 milhões de unidades do imunizante.
A vacinação é destinada aos grupos de maior risco, no esquema de dose única. O objetivo é reduzir as complicações, internações e mortalidade associadas à gripe. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as epidemias do vírus influenza sazonal resultam em cerca de 3 a 5 milhões de casos graves e até 650 mil mortes no mundo por ano.
Não podem receber o imunizante pessoas com doenças febris e Covid-19 – recomenda-se esperar a melhora para ser vacinado. Em indivíduos com histórico de reação alérgica grave (anafilaxia) a ovo, a vacina deve ser administrada com supervisão médica e em ambiente adequado para tratar manifestações alérgicas. O imunizante é contraindicado para menores de 6 meses de idade e pessoas que já tiveram anafilaxia após tomarem a vacina.
(Com informações de Bárbara Brambila e Laura Slobodeicov)