Na primeira quinzena de abril, os preços caíram 10%, podendo enfraquecer um pouco mais no fechamento do mês em função da sazonalidade, normalmente negativa em final de mês.
Apesar da queda do custo da suinocultura, os preços do animal vivo mais fracos impediram uma melhora do spread da atividade, que segue alinhado aos custos de produção, conforme dados do boletim de abril da Consultoria Agro do Itaú/BBA. Os custos apontam queda de 5,4% na parcial de abril até o dia 20, próximos de R$ 6,60/kg, o que é muito semelhante ao preço médio do animal vivo, neste caso 8,1% menor que no mês anterior.
Com boa oferta doméstica, os preços do animal continuaram acomodando em abril. No mês de março, o suíno vivo no estado de São Paulo cedeu 5%, vindo de um patamar de R$ 7,35/kg no mês anterior. Já em abril (até dia 20), os preços caíram 10%, para atuais R$ 5,60/kg, podendo enfraquecer um pouco mais no fechamento do mês em função da sazonalidade, normalmente negativa em final de mês.
Por outro lado, as exportações têm se mostrado aquecidas, principalmente para a China. Ainda que nos últimos três meses o peso da China (inclusive Hong Kong) no total embarcado tenha cedido de 64% para 48%, na média do trimestre (53%), a proporção ainda foi superior ao 1º trimestre de 2022. Com 28% de aumento no primeiro trimestre 2023/2022, o país respondeu por 71% do crescimento total obtido.
Os embarques de março (in natura) da ordem de 95,3 mil t, foram 17,2% maiores sobre março de 2022 enquanto no total do trimestre o crescimento foi de 15%, sem dúvida um bom início de ano, sobretudo em função da base de comparação elevada.
Todavia, assim como o observado nas demais carnes, os preços em dólares continuaram cedendo, impedindo uma melhora mais substancial do spread da exportação, quem tem sido favorecido pela queda do custo de produção. Ainda assim, o indicador se mostra bem melhor que no mesmo período do ano anterior.
Fonte: Consultoria Agro do Itaú/BBA