Por Winni Zhou e Tom Westbrook
XANGAI/CINGAPURA (Reuters) – O banco central da China reduziu uma taxa de empréstimo de curto prazo pela primeira vez em 10 meses nesta terça-feira, para ajudar a restaurar a confiança do mercado e sustentar a recuperação pós-pandemia na segunda maior economia do mundo.
O corte na taxa de empréstimo sinaliza uma possível flexibilização das taxas de longo prazo na próxima semana e depois, à medida que a demanda e o sentimento do investidor enfraquecem, aumentando a necessidade de estímulos urgentes para sustentar o crescimento.
O Banco do Povo da China cortou sua taxa de recompra reversa de sete dias em 10 pontos-base, para 1,90%, injetando 2 bilhões de iuanes (279,97 milhões de dólares) por meio do instrumento de títulos de curto prazo.
“A decisão do banco central de cortar a taxa não foi uma surpresa completa para o mercado”, disse Ken Cheung, estrategista-chefe de câmbio do Mizuho Bank.
“Os bancos comerciais já reduziram as taxas de depósito, e o presidente do banco central, Yi Gang, também mencionou recentemente o fortalecimento do ajuste anticíclico.”
O iuan atingiu uma mínima de seis meses de 7,1680 por dólar após a decisão, enquanto os rendimentos dos títulos de referência do governo de 10 anos da China caiu para uma nova mínima de 7 meses e meio.
Cheung disse que o banco central chinês pode ter buscado mitigar o impacto de qualquer afrouxamento futuro sobre o iuan antes da reunião de política monetária do Federal Reserve nesta semana.
A China continua sendo uma exceção entre os bancos centrais globais, uma vez que afrouxa a política monetária para sustentar o crescimento enquanto seus principais pares aumentam as taxas de juros para conter o aumento dos preços ao consumidor.
Fonte: Reuters