Segundo Geraldo Alckmin, certeza é de que os descontos continuarão para caminhões e ônibus
O presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou nesta terça-feira (20/6) que o governo ainda não bateu o martelo sobre o prazo do programa de barateamento de carros. Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o governo “não tem margem” para ampliar os recursos destinados ao plano.
O desconto para a compra de carros varia de R$ 2 mil a R$ 8 mil no preço dos veículos de até R$ 120 mil. No total, o governo reservou R$ 1,5 bilhão para o programa, distribuídos da seguinte forma:
- R$ 500 milhões para automóveis
- R$ 700 milhões para caminhões
- R$ 300 milhões para vans e ônibus
Quando o programa foi anunciado, a ideia do governo era de que, quando o valor de R$ 1,5 bilhão fosse atingido, o programa seria encerrado. Ainda no anúncio, o governo disse que a medida é “transitória” e durará apenas quatro meses, na expectativa da redução da taxa de juros.
“Isso vai ser decidido um pouco mais para a frente. Provavelmente, essa não é uma decisão definitiva, mas acabaram os R$ 500 milhões, acabou o programa, o estímulo. Vai continuar o do caminhão e do ônibus, porque esse é mais demorado, porque você tem de retirar da rua o caminhão antigo ou ônibus antigo para renovar a frota. Mas essa é uma decisão um pouquinho mais à frente “, explicou Alckmin.
64% dos recursos consumidos
Nessa segunda-feira (19/6), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) informou que 64% dos recursos para financiamento do programa para baratear os carros populares já foram consumidos, após uma disparada de 88% nas vendas nos dias anteriores.
Segundo o governo, as montadoras já solicitaram R$ 320 milhões em créditos tributários dos R$ 500 milhões disponíveis para os descontos ao consumidor pessoa física na compra de um veículo zero.
Nove montadoras participam do programa, com um total de 266 versões de veículos incluídos pelas empresas na iniciativa, que correspondem a 32 modelos.
As empresas do setor que aplicarem o desconto na venda ao consumidor receberão um crédito tributário, ou seja, poderão abater os valores de impostos devidos ao governo.
Fonte: Metrópoles