Por Wladeck Alves – Portal Ipirá City – Quinta, 6 de julho de 2023
Foi no governo de FHC que foi aprovada a emenda constitucional que permitiu a reeleição para cargos do executivo . Por sinal , uma alteração que custou muito dinheiro em emendas parlamentares para aprovação na câmara .
Dentro de qualquer conjuntura de apoio político se tornou um direito de quem está no exercício de um mandato decidir se quer concorrer a outro .
Desde de 1997 não chega a 2% de quem estava no exercício de poder desistir de concorrer a um novo mandato . Ou seja , é um percentual mínimo que poder ser tratado como uma “anomalia “ do processo político .
Conhecendo a política , a engrenagem de poder e a natureza humana , o desafio de um novo mandato é uma decisão quase automática quando se tem a condição legal , as condições políticas como um grupo coeso e uma gestão de avaliação média entre o regular e o bom .
Um extenso trabalho comparativo de prefeitos reeleitos feito por um grupo de sociólogos em 2 mil municípios, mostrou que mesmo com uma rejeição de até 35 % a grande maioria dos candidatos se reelegeram . O uso da máquina é um peso que diferencia o processo eleitoral dando vantagem a quem está no exercício do mandato .
À reeleição fascina qualquer político por certas facilidades de quem já está atuando no jogo político no exercício do mandato , pela base já montada de sustentação e pelo força da máquina em sanar divergências e calar os dissidentes.
Eu não acredito em político que diz que só quer um mandato ,é quase uma lei natural do processo do exercício do poder querer outro .
E para aqueles que estão no meio de um mandato tirando a atenção de si alegando que não é um candidato a reeleição , estatisticamente é mero teatro , estratégia política ou desvio de foco momentâneo .
Político que não usa o dispositivo da reeleição a seu favor é sempre uma anomalia a ser estudada .
Waldeck Alves