Episódios de tristeza são comuns e até mesmo frequentes, mas é preciso saber diferenciá-los da presença silenciosa da depressão
Por mais dolorosos que sejam, os momentos de tristeza e melancolia são muito comuns. Mas, algumas vezes, essa sensação se prolonga, causa sufocamento e parece não ter fim. Para recuperar o ânimo, o primeiro passo é entender se este episódio se trata de uma tristeza profunda, ou se é um reflexo da presença silenciosa da depressão.
A depressão é uma condição de saúde que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 5% dos adultos sofrem com esse transtorno.
Para esclarecer essa questão, a neuropsicóloga e psicanalista Leninha Wagner nos ajuda a desvendar esse mistério e compreender melhor os sinais e sintomas da depressão. Segundo Leninha, a linha tênue entre a tristeza e a depressão pode ser confusa, mas é possível identificar algumas características que nos ajudam a diferenciar esses estados emocionais.
Como saber se é depressão ou tristeza profunda?
Um dos principais pontos destacados por Leninha é a duração e a intensidade dos sentimentos. Isso porque a tristeza profunda costuma ser uma resposta a um evento específico, como uma perda, uma decepção ou um momento difícil na vida. Já a depressão é persistente e pode perdurar por meses e até anos, afetando significativamente o nosso bem-estar emocional e a nossa capacidade de desfrutar a vida.
Além disso, a especialista aponta que a depressão está frequentemente acompanhada de outros sintomas, como perda de interesse nas atividades que antes traziam prazer, alterações no apetite e no sono, fadiga constante, sentimentos de culpa e desesperança, dificuldade de concentração e até mesmo pensamentos suicidas. Esses sinais são um alerta importante para buscar ajuda profissional e iniciar um tratamento adequado.
“É fundamental compreender que a depressão não é uma fraqueza ou falta de vontade, mas sim uma condição médica legítima que requer atenção e cuidado. É imprescindível procurar ajuda de um profissional qualificado, como psicólogos e psiquiatras, que poderão realizar uma avaliação minuciosa e indicar o melhor tratamento para cada caso”, explica a profissional.
Tratando a depressão
A neuropsicóloga também destaca que a depressão não precisa ser enfrentada sozinha. O apoio emocional e a rede de suporte são fundamentais nesse processo de recuperação. Amigos, familiares e grupos de apoio podem oferecer o suporte necessário para enfrentar os desafios da depressão e buscar a melhora gradual da saúde mental.
Entender a diferença entre a tristeza profunda e a depressão é o primeiro passo para buscar o tratamento adequado e retomar o equilíbrio emocional. Portanto, se você está vivenciando sintomas persistentes de tristeza, desânimo e desesperança, não hesite em procurar ajuda. Lembre-se de que você não está sozinho e que existe uma luz no fim do túnel.
“Reconhecer que estamos enfrentando a depressão é um ato corajoso e o primeiro passo para a recuperação. Não tenha medo de pedir ajuda e permita-se buscar o caminho para a cura e o bem-estar. Você merece viver uma vida plena e feliz. Não deixe a depressão roubar a cor dos seus dias. Procure ajuda, cuide de si e lembre-se de que a vida reserva momentos de alegria e superação, mesmo nos dias mais sombrios”, finaliza Leninha.
Fonte: Saúde em dia