Livro que reúne cartas inéditas de Santa Dulce dos Pobres será lançado em Salvador e no Rio de Janeiro

cultura

Com 59 manuscritos, quase todos inéditos, de Santa Dulce, o livro “Cartas de Santa Dulce – a face humana em todos nós” será lançado em Salvador no próximo dia 5 de setembro, às 18h, no Espaço Coworking, no Shopping Barra. Já no dia 26 de setembro, às 19h, o lançamento será no Rio de Janeiro, no Instituto Superior de Educação Pró-Saber, quando também será realizada uma mesa-redonda. Em ambas as ocasiões, a superintendente das Obras Sociais Irmã DulceMaria Rita, que integra o conselho editorial da publicação, irá autografar os exemplares. Durante as duas noites, o livro estará disponível por um valor promocional de R$ 75. Posteriormente, a publicação estará à venda na Loja Irmã Dulce, na capital baiana, e na loja virtual.

Com texto de contracapa assinado pela atriz Fernanda Montenegro e reunindo manuscritos da Mãe dos Pobres escritos durante os anos de 1930 a 1980, a obra convida o público a um inédito e profundo mergulho na memória da religiosa baiana que se tornou a primeira santa do Brasil

O conselho editorial responsável pela elaboração do livro contou ainda com a participação da jornalista Luciana Savaget e do designer Gilberto Strunck. Participaram também da imersão os museólogos das Obras Sociais, Osvaldo GouveiaCarla Silva e Marcela Avendaño; a missionária Irmã Maiara Santos; e o gestor do Complexo Santuário Santa Dulce dos Pobres, Márcio Didier.

HpwjRQ1.md.jpg

Entre os registros presentes na publicação, está um bilhete de duas linhas – “Estes 2 rapazes pedem um transporte grátis até o Rio” –, escrito em 21 de julho de 1967, que ajudou dois jovens que passavam por dificuldades em Salvador a voltarem para casa. Um dos moços, na época com 19 anos, era o escritor Paulo Coelho, hoje um benfeitor da OSID. Há também um bem-humorado e inusitado recado com data de 19 de maio de 1989, dirigido a um comerciante em Salvador que sempre socorria Irmã Dulce em suas necessidades junto aos pobres e doentes: “Seu Abelardo, Paz e bem! Isto é um assalto. Vou levar 1 furadeira. Irmã Dulce”. 

O leitor vai compartilhar as angústias, as alegrias e a fé de Santa Dulce dos Pobres. É como se estivéssemos ao lado dela, no instante em que escrevia cada palavra. Neste livro, ela é a mãe das milhares de crianças acolhidas, é a religiosa, é a irmã de Dulcinha, a tia de Maria Rita. É um ser plural”, pontua Osvaldo Gouveia, museólogo da Escola de Dulcismo.

Já em outra carta, o leitor irá se deparar com uma fã incondicional do Rei, reclamando: “Apanharam em meu quarto a fita de Roberto Carlos que você me deu. Será que arranja outra?” (carta para Maria Rita, em 9 de outubro de 1979). “Foi uma experiência que ativou uma série de memórias da minha infância, adolescência e da fase na qual pude participar mais de perto de suas Obras”, diz a sobrinha da Santa sobre o projeto editorial. “Relendo as cartas, pude recordar a figura dela, tão doce… É possível ouvir sua voz escrevendo as cartinhas. Boas lembranças, algumas risadas pelos acontecimentos que são narrados, e lágrimas também. Foi uma experiência muito boa de viver e reviver”.

* Por Luana Veiga. 

Fonte: Alô alô Bahia

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *