Por Rodrigo Santana ( Portal Ipirá City) – Terça, 17 de março de 2021
Na obra: “Felicidade- Modos de usar”, o filósofo Mário Sergio Cortella diz que:
“Parte daquilo que o judaísmo e depois, o cristianismo trouxeram à tona em larga escala é identificar o paraíso como um lugar de felicidade. Isto é, onde não havia sofrimento nem dor, onde não havia carência e eu acho que esse paraíso é tedioso, não é feliz. No meu entender Adão e Eva só se colocaram na condição de felicidade quando romperam com o paraíso. Por que o que se tinha num paraíso como aquele era tédio, nenhuma necessidade, nenhum desejo, nenhuma carência e, portanto, nenhuma música, nenhuma conquista. A única vez que eles foram em busca do que desejaram, dali foram expulsos.
E essa expulsão é uma benção. É uma benção por que permitiu que nós fôssemos capazes de ser, retornando ao que eu disse antes, seres de carência, e, portanto, em busca de algo que nos dá ânimo, nos dá impulso, nos leva. Parte das religiões e entre elas o judaísmo e o cristianismo, coloca a ideia de que Adão e Eva deveriam dizer: “Eu era feliz e não sabia”…
E aí eu quero lembrar algo: Se você não sabia, não era feliz. Por que felicidade tem a ver com consciência da própria felicidade. A ignorância não é feliz. A ideia de santa ignorância pode estar ligada a algo que não te leva a sofrer, mas a ignorância não é santa. A ignorância é a impossibilidade de consciência de algo que deveria sê-lo. E nesse sentido Adão e Eva não eram felizes por que não sabiam, por que felizes não eram. Passaram a sê-lo quando sofreram a perda de algo que tinha sentido e puderam buscar de novo”.
O mais interessante desse discurso do filósofo Mário Sergio Cortella é que ele se aproxima daquilo que está sendo trazido pela Revelação Cósmica por meio do médium Jan Val Ellam, em que nos é apresentado como uma perspectiva de análise que o criador deste universo não é Deus e sim Yahveh que é um dos seres criados por Deus, mas que no momento da criação deste universo houve um acidente que acarretou numa série de problemas e estes problemas teriam sido percebidos por um dos seres criados por Yahveh chamado Yel Luzbel (Lúcifer). Quando Yel Luzbel deslacra ,sem querer, a sua consciência, ele acaba contribuindo para que outros seres criados por Yahveh também deslacrassem e este é o tal episódio: “A Rebelião de Lúcifer”. Acontece que Pandora (Lílith) que fora escolhida para ser a primeira mulher de Adão deslacrou a consciência de Adão e Eva do jugo pesado de Yahveh e nós saímos da condição de obediência cega aos comandos do criador Yahveh por meio do DNA e passamos a agir de maneira autônoma por que com o deslacre ficamos apenas com 3% sob a influência do DNA de Yahveh enquanto os seres tidos pelas religiões como anjos Gabriel, Miguel e outros possuem 98% do DNA de Yahveh e obedecem qualquer comando, cegamente, sem a capacidade de avaliar se a sua ação é justa ou injusta. Ou seja, a razão filosófica desenvolvida pela espécie Homo Sapiens supera o modo de agir destes seres que não tem a menor condição de escolha ou avaliação moral daquilo que fazem, mas como fomos condicionados a perceber todos estes painéis por outra perspectiva, imagino que eu esteja falando grego para muitas pessoas. Aos interessados em compreender melhor essa história, eu sugiro que leia o livro: “O Drama Cósmico de Javé” disponível em PDF e assista a palestra: “O Xadrez Cósmico de Brahma, VIshnu e Shiva” disponível no You Tube.
Rodrigo Santana Costa é professor e escritor. Publicou a obra: “Clarecer”.