Um dos grandes sonhos da advogada Luísa Helena, de 24 anos, se tornou realidade na última segunda-feira (14). Ela conseguiu levar 400 jovens pretos e de periferia para assistir ao novo filme Pantera Negra.
A proposta inicial era levar um grupo de 100 jovens, mas a repercussão gerada pelo projeto, chamado “Wakanda é nóis”, fez com que a ideia se tornasse uma realidade ainda maior.
Após publicar a ideia nas redes sociais ela arrecadou dinheiro suficiente para levar quatro vezes mais jovens do que pretendia. E a conquista foi muito comemorada pela advogada e pelos convidados!
Representatividade
Luísa não escolheu o Pantera Negra por acaso. A advogada conta que além de ser um personagem adorado pelos jovens, também há a questão da representatividade, que importa muito para os jovens pretos de periferia.
Todos os 400 jovens escolhidos são pretos e de escolas públicas ou projetos sociais de Belo Horizonte. Eles ganharam ingresso, transporte e alimentação para aproveitarem ainda mais o passeio.
“Nosso objetivo é levar diversão para as crianças. Este é um filme extremamente representativo, de protagonismo negro e indígena”, disse Luísa.
Empoderamento
Sucesso de público e bilheteria, o primeiro “Pantera Negra” foi um marco para a representatividade e o empoderamento.
Lançado em 2018, o filme gerou um fenômeno à época: o encontro de pessoas pretas que se reuniam para assistir ao longa lado a lado.
Agora, a situação se repete, desta vez com jovens a partir de 14 anos, que também receberam o suporte jurídico do projeto social.
“O filme é ideal para isso, porque não traz uma representatividade vazia. Traz o protagonismo e mostra pessoas pretas não apenas com a vertente do sofrimento. Wakanda é um lugar preto para pessoas pretas, onde elas se sentem seguras e se veem como reis e rainhas. Agora, estamos programando uma equipe jurídica para escutar esses adolescentes também”, concluiu Luísa.
Fonte: Só Noticias Boas