O vice-presidente da República eleito, Geraldo Alckmin, coordenador da equipe de transição do novo governo fará, nesta 5ª feira (3.nov), a primeira reunião para discutir o Orçamento do ano que vem. O encontro será feito com o relator-geral da proposta enviada ao Congresso, senador Marcelo Castro (MDB-PI), e com o senador Wellington Dias (PT-PI). Dias foi escolhido pela equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para tratar da previsão orçamentária de 2023.
O encontro também marca o início da interlocução do governo eleito com o Congresso. A relação com a Câmara e o Senado é apontada como um desafio, uma vez que o PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, conseguiu fazer as duas maiores bancadas das duas Casas. Mas, há dentro do PT, a avaliação de que apenas uma minoria dos integrantes da legenda não daria abertura para o diálogo com os petistas.
Como mostrou o SBT News na 2ª feira (31.out), o PT já faz uma análise dos parlamentares do PL, principalmente, na Câmara. “Existem uns 20 que são raiz e 80 que são nutella”, disse um petista, em alusão ao meme que ficou famoso na internet, para indicar que parte dos integrantes do PL estaria mais próxima de um posicionamento de “centro” e que, assim, seria possível estabelecer uma articulação. A bancada da sigla será de 99 deputados federais na próxima legislatura.
A reunião de 5ª feira com Alckmin está prevista para começar às 10h30, no gabinete do MDB no Senado, e depois Alckmin e Castro concederão uma coletiva de imprensa. O encontro ainda terá a participação dos senadores Paulo Rocha (PT-PA), Jean Paul Prates (PT-RN), Fabiano Contarato (PT-ES) e dos deputados Reginaldo Lopes (PT-MG), Enio Verri (PT-PR), Rui Falcão (PT-SP) e Paulo Pimenta (PT-RS).
O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2023 foi enviado pelo atual governo com a previsão, por exemplo, de que o valor do Auxílio Brasil será de R$400 e não de R$600 como está definido até dezembro deste ano. O valor ampliado do benefício social foi possibilitado após aprovação, em julho, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Benefícios, validada pelo Congresso e promulgada.
Fonte: SBT News