A amiga da esposa de Leandro Troesch, encontrado morto em pousada de luxo em Jaguaripe, no baixo sul da Bahia, foi presa nesta quinta-feira (24). Maqueila Santos Bastos é investigada pela morte do empresário e teve prisão temporária decretada no dia 14 de março.
A defesa de Maqueila ainda não se posicionou com relação à prisão. A esposa de Leandro, Shirley da Silva Figueiredo, teve prisão decretada no mesmo dia e é considerada foragida da Justiça. Leandro foi encontrado morto no mês de fevereiro, em um dos quartos da pousada.
Maqueila respondia em liberdade a processos por estelionato e fez amizade com Shirley durante a prisão. Ao ser liberada pela Justiça, ela trabalhou na pousada Paraíso Perdido.
Cerca de 20 pessoas já foram ouvidas pela polícia. O advogado de Maqueila chegou a dizer, no dia 16 de março, que ela era inocente e iria se apresentar ao delegado que investiga o caso – mas isso ainda não aconteceu.
Além da morte de Leandro, a polícia também investiga se Maqueila teve participação na morte de Marcel da Silva Vieira, conhecido como Billy. Ele era funcionário de Leandro, e era considerado pela polícia testemunha chave para esclarecer as circunstâncias da morte do empresário.
Um adolescente de 17 anos foi apreendido, também no dia 16 deste mês, pela suspeita de ter participado da morte dele. O jovem negou envolvimento com o crime.
Mortes
Leandro Troesch, dono da pousada Paraíso Perdido, foi encontrado sem vida dentro de um dos quartos do estabelecimento, com marca de tiro na cabeça, em 25 de fevereiro deste ano. O empresário já havia sido preso e condenado a 14 anos de prisão por crimes de sequestro e extorsão cometido em 2001. Em 2022, ele estava em prisão domiciliar na pousada.
A viúva, Shirley da Silva Figueiredo, disse à polícia que estava no banheiro e somente ouviu o barulho do tiro. Dias depois da morte de Leandro, no início de março, Marcel da Silva Vieira, conhecido como Billy, que era o “braço direito” do empresário, foi assassinado a tiros e tinha marca de golpes de faca no corpo.
Ele era uma testemunha fundamental na investigação. Marcel, que tinha envolvimento com drogas, foi morto no dia 6 de março, às vésperas de ser ouvido pela polícia, no distrito de Camassandi, que também fica em Jaguaripe.
O homem, que era funcionário de confiança de Leandro, prestou depoimento logo após a morte do empresário, mas seria ouvido, mais uma vez, um dia depois de ser assassinado.
Até o momento, o crime está cercado de mistérios. O delegado responsável pelas investigações, Rafael Magalhães, afirmou que o cofre da pousada foi esvaziado e que o local do crime foi alterado, após a morte do empresário Leandro Troesch.
Fonte: g1 Bahia