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Anestesista flagrado estuprando grávida sedada já era réu por erro médico

Brasil

Preso nesta segunda-feira (11) após ser flagrado estuprando uma paciente durante o próprio parto dela, o médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra é réu em um processo movido por uma paciente que o acusa de errar um diagnóstico.

Ela acusa Bezerra, outros dois médicos, um hospital particular em Duque de Caxias, cidade da Baixada Fluminense, e um plano de saúde de errarem um diagnóstico de H1N1, conhecida como gripe suína, em 2018.

No dia 6 de julho de 2018, ao receber uma paciente que pelo segundo dia relatava estar com falta de ar, vertigem, delírios, tosse com sangue e dores de cabeça, o médico afirmou que a mulher estava sofrendo com crise de ansiedade e sugeriu que ela procurasse um psicólogo.

A paciente alega ter relatado ao médico que já estava fazendo uso de medicação e tinha sintomas graves, porém, ressalta que o médico não a encaminhou para nenhum exame, nem mesmo um raio-x.

Sem receber atendimento adequado também de um terceiro médico, a paciente foi internada naquele mês com grave pneumonia que, depois, constatou-se ser gripe suína. Foram 13 dias em coma. No período, uma trombose e complicações que a levaram a perder parte do movimento das pernas – hoje, a mulher precisa de um andador para se locomover. Ela também relata ter pedido seus dois empregos e precisou abandonar a faculdade que cursava quando ficou doente.

Giovanni Quintella Bezerra foi intimado, mas não apresentou defesa no processo. O caso tramita na Justiça do Rio desde 2019 e a paciente é representada pelo escritório Garcia & Poell Advocacia e Consultoria Jurídica.

Ela alega ter sofrido dano moral, psicológico e estético pela negligência dos médicos, cobra indenização e pensão vitalícia, pois justifica estar impossibilitada de trabalhar. A CNN aguarda contato da defesa de Giovanni Quintella Bezerra.

Audiência de custódia

Giovanni Quintella Bezerra foi preso por estupro de vulnerável, na madrugada desta segunda-feira (11), no Hospital Estadual da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Ele passa por uma audiência de custódia às 13h desta terça (12).

A vítima estava dopada porque passava por uma cesariana e a ação filmada por integrantes da equipe médica, que denunciaram o anestesista. A CNN tenta localizar a defesa do médico.

Fonte: CNN