Em meio a onda de assaltos que tem sido registrada em bares e restaures de Salvador nas últimas semanas, empresários passaram a investir em segurança privada para não perder a clientela. Com o arrefecimento da pandemia e flexibilização quase que total das medidas de prevenção contra a Covid-19, a hora de voltar a lucrar pode estar sendo ameaçada pela onda de violência.
Proprietário da rede Boteco do Caranguejo, o empresário André Curvelo conta que a única alternativa foi investir na segurança privada. A rede teve duas lojas assaltadas em uma mesma noite. “Em uma segunda-feira a noite os mesmos ladrões assaltaram as duas lojas e foram soltos em uma audiência de custódia no dia seguinte. De lá para cá não para. Infelizmente pagamos impostos caros e não estamos tendo de volta o mínimo de segurança para a população. Além dos impostos, agora temos que pagar a segurança privada”, ponderou.
Foram quase dois anos de restrições pela pandemia até que bares e restaurantes pudessem retomar gradativamente seus serviços. Diante do cenário, o empresário teme recaídas na arrecadação. “Tivemos um alívio, mas agora nos deparamos com uma situação desta? Essa insegurança está aumentando porque a impunidade é clara. Estão indo atrás de celulares, roubam os clientes. As pessoas estão planejando não mais sair de casa. Se organizando para beber e curtir dentro de casa”, disse.
Foi pensando em não perder a clientela que o empresário decidiu investir na segurança privada para todas as lojas da rede. De acordo com ele, o serviço não tem previsão de interrupção. “Vamos permanecer com o serviço a todo tempo, dia e noite. Nosso objetivo agora é trazer segurança para nosso cliente e fazer com que ele sinta que pode relaxar em nossas lojas com o mínimo de segurança possível. Não vamos deixar a violência nos parar”, disse.
Fonte: Bahia Notícias