Por Rodrigo Santana, Domingo, 20 de setembro de 2020
É compreensível a percepção de que muitos daqueles que creem em Deus tenham medo da sua crença ser abalada pela descoberta de um cientista, pelo discurso de um professor cético ou pelos argumentos de um amigo ateu. Dessa forma uma parcela bastante significativa de cristãos defende que um religioso não pode ter amigo (a), namorado (a) que não siga o mesmo credo que ele (a).
Infelizmente, o condicionamento gerado pela forma de pregação de muitos lideres religiosos tem contribuído para a fé cega por meio de um discurso obscurantista que demoniza tudo aquilo que faz o fiel refletir. Sendo que muitos irmãos e irmãs já são ignorantizados (as) pela educação pública sucateada que mais estraga do que educa, terminam por mergulhar num abismo quando decidem seguir um credo mercantilizado que enxerga mais um dízimo a mais ou a menos do que um ser humano em processo evolutivo que deveria está sendo instruído de uma forma diferente.
O respeito pela crença ou não crença do outro é condição sine qua non para construirmos uma relação mais harmônica num planeta em que todos nós somos parte da mesma família.
Aquele que sabe que Deus existe, estuda para se esclarecer cada vez mais e está aberto ao conhecimento de todas as revelações sem se apegar a nenhuma delas, pois reconhece que muitos vieram em nome de Jesus Cristo e do Pai Amantíssimo para plantar uma semente de esclarecimento na Terra. Este ser não tem o menor receio de ter amigos ateus ou pertencentes a algum grupo religioso, de ler obras escritas por autores ateus, de ser questionado por expressar a sua plena consciência da existência em um Pai Amantíssimo. Não briga para provar a qualquer custo que está certo e o outro errado. Ele apenas alimenta o seu pequeno saber diante de tudo o que há para ser conhecido e se esforça para não deixar que as percepções temporárias de uma encarnação sejam maiores do que os valores eternos da Espiritualidade Maior. Isso é o que significa evolução para mim, pois de que valeria eu abrir a boca em voz alta e gritar: Eu creio em Deus, se as minhas atitudes se perdem no meio de um anonimato de um rebanho de “cegos guiando cegos”, mas é cada um no seu tempo e eu vou me ater aqui as pessoas que têm me demonstrado que também sabem que um Pai Amantíssimo existe e que Ele sempre enviou irmãos mais evoluídos para nos auxiliar na nossa caminhada. Citarei como ficaram conhecidos na Terra alguns destes espíritos e agradeço pela contribuição deixada por cada um (a) deles (as) :
“Moisés, Jesus, Zoroastro, Lao-Tsé, Buda, Krishna, Antônio de Pádua, Francisco de Assis, Madre Teresa de Calcutá, irmã Dulce, Gandhi, Sócrates, Pitágoras, Platão, Aristóteles, Elias, Enoch, Jonas, Hermes Trismegisto, Sai Baba, Chico Xavier, Bezerra de Menezes, Joana de Ângelis, Divaldo Franco, Jan Val Ellam e muitos outros.
Rodrigo Santana Costa é professor e escritor. Publicou a obra: Clarecer em verso e prosa.