Por Sputniknews – Sábado, 12 de setembro de 2020
Os ensaios clínicos britânicos da vacina contra o coronavírus da farmacêutica AstraZeneca e da Universidade de Oxford foram retomados após confirmação pela Autoridade Reguladora da Saúde e dos Medicamentos (MHRA, na sigla em inglês) que era seguro fazê-lo.
A gigante farmacêutica AstraZeneca informou neste sábado que retomou os ensaios da vacina contra a COVID-19 depois de obter autorização dos reguladores britânicos, após uma pausa causada por um voluntário britânico ter adoecido.
“Os testes clínicos da vacina contra o coronavírus da AstraZeneca e Oxford, AZD1222, foram retomados no Reino Unido após confirmação pela Autoridade Reguladora da Saúde e dos Medicamentos (MHRA) que era seguro fazê-lo”, lê-se em comunicado da companhia.
AstraZeneca tinha anunciado na quarta-feira (9) que “suspendeu voluntariamente” seu ensaio da vacina depois de o voluntário desenvolver uma doença inexplicável.
Na sequência disso foi criado um comitê independente para rever a segurança da vacina, o que a empresa e a Organização Mundial da Saúde descreveram como um passo de rotina.
A vacina desenvolvida pela referida companhia junto com a Universidade de Oxford é uma das nove em todo o mundo que está no final da fase 3 de ensaios em humanos.
Um voluntário dos testes clínicos da vacina contra a COVID-19 da Universidade de Oxford e da farmacêutica AstraZeneca revelou ao Daily Mail que sofreu diversos efeitos adversos, como febre, calafrios, dor de cabeça e fadiga, 14 horas depois de ser vacinado.
Posteriormente, foi revelado que uma rara doença neurológica chamada mielite transversa, que consiste na inflamação de uma seção da medula espinhal, seria a responsável pela paralisação dos testes.
A vacina da AstraZeneca entrou em sua terceira fase de ensaios nos EUA em agosto. Os testes das duas primeiras fases decorreram no Reino Unido, Brasil e África do Sul.
Fonte: Sputniknews